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IOF zero sobre derivativo faz estrangeiro ficar vendido

Para especialistas, a possibilidade de menor liquidez internacional manterá a cautela dos investidores apesar da retirada do entrave para a entrada de divisas no País

O dólar tem ganhado força ante o real. Apenas em maio, a divisa dos EUA acumulou alta de 7,04 % ante a moeda brasileira (Arif Ali/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2013 às 17h48.

São Paulo - A isenção do Imposto sobre Operações Financeiras ( IOF ) sobre derivativos, anunciada na noite de quarta-feira pelo governo, fez com que os investidores estrangeiros voltassem a ficar vendidos no mercado futuro de dólar no dia seguinte, mas isso não significa que a medida vai imprimir uma tendência de queda da moeda norte-americana ante o real.

Isso porque, segundo especialistas, a possibilidade de menor liquidez internacional manterá a cautela dos investidores apesar da retirada do entrave para a entrada de divisas no país.

"Com certeza a mudança do IOF ajuda a entrar mais capital para derivativos... Mas, apesar de todo o esforço do governo, um conjunto de fatores internos, e também o que vem saindo sobre a saúde da economia americana, acaba ditando mais a direção do dólar", afirmou um operador de câmbio de um grande banco, que pediu anonimato.

Segundo os dados mais recentes da BM&F, os investidores estrangeiros tinham saldo de 3.221 contratos comprados no dia 12 de junho, ante do anúncio do IOF sobre derivativos. No dia seguinte, os agentes passaram a registrar posição líquida negativa em 13.629 contratos.

Esses investidores, no entanto, começaram o mês com posição líquida vendida de 47.216 contratos, chegando a 50.787 contratos no dia 7 de julho. Depois disso, as posições começaram a perder força até o anúncio sobre o IOF em derivativos cambiais.

Entre as instituições financeiras, ainda segundo a BM&F, a posição no mercado futuro --que já era vendida-- teve poucas alterações, com saldo de 126.389 contratos vendidos em 13 de junho. No início do mês, no entanto, essas posições tinham saldo de 55.680 contratos.

O governo reduziu a zero, na quarta-feira, a alíquota do IOF que incide sobre posições vendidas líquidas no mercado futuro de câmbio sob a justificativa de ampliar as ofertas de dólares na economia brasileira. A medida veio poucos dias após o governo zerar o IOF em renda fixa para estrangeiros sem surtir grande efeito nas cotações do dólar.

"O IOF era um custo adicional para o investidor ampliar uma aposta na apreciação do real", explicou o economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib, ressaltanto, entretanto, que a decisão de zerar o imposto não tem o efeito de "abortar uma trajetória do real ligada a fundamentos".

Analistas vêm afirmando que expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, reduza seu estímulo monetário em breve devem levar o dólar a perder valor, uma vez que a decisão diminuiria a oferta de dólares nos mercados globais.

Sob influência dessa perspectiva, o dólar tem ganhado força ante o real. Apenas em maio, a divisa dos EUA acumulou alta de 7,04 % ante a moeda brasileira.

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São Paulo - A isenção do Imposto sobre Operações Financeiras ( IOF ) sobre derivativos, anunciada na noite de quarta-feira pelo governo, fez com que os investidores estrangeiros voltassem a ficar vendidos no mercado futuro de dólar no dia seguinte, mas isso não significa que a medida vai imprimir uma tendência de queda da moeda norte-americana ante o real.

Isso porque, segundo especialistas, a possibilidade de menor liquidez internacional manterá a cautela dos investidores apesar da retirada do entrave para a entrada de divisas no país.

"Com certeza a mudança do IOF ajuda a entrar mais capital para derivativos... Mas, apesar de todo o esforço do governo, um conjunto de fatores internos, e também o que vem saindo sobre a saúde da economia americana, acaba ditando mais a direção do dólar", afirmou um operador de câmbio de um grande banco, que pediu anonimato.

Segundo os dados mais recentes da BM&F, os investidores estrangeiros tinham saldo de 3.221 contratos comprados no dia 12 de junho, ante do anúncio do IOF sobre derivativos. No dia seguinte, os agentes passaram a registrar posição líquida negativa em 13.629 contratos.

Esses investidores, no entanto, começaram o mês com posição líquida vendida de 47.216 contratos, chegando a 50.787 contratos no dia 7 de julho. Depois disso, as posições começaram a perder força até o anúncio sobre o IOF em derivativos cambiais.

Entre as instituições financeiras, ainda segundo a BM&F, a posição no mercado futuro --que já era vendida-- teve poucas alterações, com saldo de 126.389 contratos vendidos em 13 de junho. No início do mês, no entanto, essas posições tinham saldo de 55.680 contratos.

O governo reduziu a zero, na quarta-feira, a alíquota do IOF que incide sobre posições vendidas líquidas no mercado futuro de câmbio sob a justificativa de ampliar as ofertas de dólares na economia brasileira. A medida veio poucos dias após o governo zerar o IOF em renda fixa para estrangeiros sem surtir grande efeito nas cotações do dólar.

"O IOF era um custo adicional para o investidor ampliar uma aposta na apreciação do real", explicou o economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib, ressaltanto, entretanto, que a decisão de zerar o imposto não tem o efeito de "abortar uma trajetória do real ligada a fundamentos".

Analistas vêm afirmando que expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, reduza seu estímulo monetário em breve devem levar o dólar a perder valor, uma vez que a decisão diminuiria a oferta de dólares nos mercados globais.

Sob influência dessa perspectiva, o dólar tem ganhado força ante o real. Apenas em maio, a divisa dos EUA acumulou alta de 7,04 % ante a moeda brasileira.

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