São Paulo - A bolsa brasileira registrava perdas logo após a abertura nesta sexta-feira, com alguns movimentos de realização de lucros, enquanto investidores aguardam discurso da chair do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen.

O quadro eleitoral também permanece no radar, em meio a expectativas de pesquisas de intenção de voto e novos detalhes sobre o programa de governo do PSB após Marina Silva ser oficializada candidata à presidência pelo partido.

Às 10h49, o Ibovespa recuava 0,54 por cento, a 58.670 pontos, após acumular ganho de cerca 6 por cento em uma sequência de seis altas até a véspera. O volume financeiro somava 487 milhões de reais.

"Marina está se esforçando para se aproximar do mercado... É importante agora monitorar as próximas pesquisas", escreveu o Bank of Merrill Lynch em nota a clientes.

As ações da Petrobras , que vinham acumulando altas, recuavam pela segunda sessão seguida, respondendo por importante pressão negativa no Ibovespa.

Outra influência negativa relevante vinha dos papéis da Vale , após os preços de minério de ferro para entrega imediata na China <.IO62-CNI=SI> alcançarem o menor patamar desde 19 de junho, para 91,90 dólares a tonelada, acumulando uma queda de 1,6 por cento na semana. No exterior, Yellen fala no encontro anual de autoridades de bancos centrais em Jackson Hole, no Wyoming, e o foco está em eventuais sinais sobre o futuro dos juros, em particular após a ata da última reunião do Fed mostrar que o BC dos EUA se surpreendeu com a recuperação do mercado de trabalho.

Em Nova York, o índice S&P 500 oscilava com variação negativa de 0,16 por cento.

No noticiário corporativo doméstico, Gol avançava nesta manhã, quando divulgou aumento de 8,6 por cento na demanda total por voos e queda de 2,8 por cento na oferta de assentos em julho contra o mesmo mês do ano passado, o que ajudou a empresa a fechar o mês com alta na taxa de ocupação. As ações preferenciais da Eletrobras recuavam.

A estatal informou que pagará nesta sexta-feira a dívida de 452 milhões de reais que duas de suas distribuidoras têm com a Petrobras por compra de combustível. Também vale citar que Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou o ingresso de uma série de companhias e entidades com preocupações concorrenciais como terceiros interessados no processo de fusão entre a ALL e a Rumo Logística, da Cosan.