A persistente preocupação com o modo como a crise está sendo combatida e a proibição de vendas a descoberto também contribuíram para a queda do setor (Ralph Orlowski/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2011 às 13h40.
Londres - O principal índice das ações europeias fechou em queda nesta sexta-feira, acumulando perdas na semana após preocupações com crescimento global, dívida soberana e financiamentos a bancos provocarem uma ampla saída do mercado de ações e derrubarem o índice do setor bancário a uma nova mínima em dois anos.
O FTSEurofirst 300, que mede o desempenho dos principais papéis do continente, caiu 1,5 por cento, para 911 pontos, acumulando nos últimos cinco dias baixa de 5,9 por cento, quarta semana seguida de perdas.
No mês, o índice soma perdas de 16 por cento, caminhando para sua maior queda mensal desde seu lançamento, em 1999. No acumulado do ano, o indicador já caiu 19 por cento.
Os bancos continuaram sendo golpeados em toda a sessão, com os crescentes custos de financiamentos às instituições se tornando o mais recente problema a abater o setor, que já enfrenta dificuldades com uma crise de dívida na zona do euro ainda não resolvida.
A persistente preocupação com o modo como a crise está sendo combatida, principalmente com a falta de unidade política, e a proibição de vendas a descoberto também contribuíram para a queda do setor, segundo operadores.
Os bancos britânicos e alemães, não incluídos na proibição das vendas, figuraram entre os mais golpeados, com as ações do Lloyds Banking Group em queda de 4,8 por cento e as do Deutsche Bank apurando baixa de 2,7 por cento. Outros importantes bancos da região, como Santander, também recuaram.
A queda desta sessão foi "uma continuação dos mesmos dois temas: a preocupação com as perspectivas para o crescimento global e com a estabilidade da zona do euro", disse o vice-presidente de investimento da Schroders, Alan Brown, que gerencia 329 bilhões de dólares.
Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em baixa de 1,01 por cento, a 5.040 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 2,19 por cento, para 5.480 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,92 por cento, a 3.016 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,46 por cento, para 14.602 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 retrocedeu 2,11 por cento, a 8.141 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,3 por cento, para 6.012 pontos.