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Ibovespa encerra sessão em queda; elétricas lideram perdas

O principal índice da bolsa encerrou as negociações com desvalorização de 1,11 por cento nesta segunda-feira


	Telão da Bovespa: a queda desta sessão foi motivada pelos temores de que o país tenha que passar por um racionamento de energia devido aos baixos níveis das represas de hidrelétricas
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Telão da Bovespa: a queda desta sessão foi motivada pelos temores de que o país tenha que passar por um racionamento de energia devido aos baixos níveis das represas de hidrelétricas (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 17h38.

O setor elétrico teve um dia de perdas na bolsa paulista nesta segunda-feira, contribuindo para levar o principal índice brasileiro de ações a fechar a sessão abaixo dos 62 mil pontos.

Temores de um possível racionamento de energia no Brasil foram os responsáveis por motivar a venda de papéis de companhias elétricas na sessão, segundo operadores.

O Ibovespa fechou em queda de 0,94 por cento, a 61.932 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,02 bilhões de reais.

As preferenciais de classe B da Eletrobras lideraram as perdas do índice, com queda de 4,72 por cento. AES Eletropaulo e Cesp perderam 3,4 por cento, enquanto Cemig recuou 3,3 por cento.

"O mercado está trabalhando com a possibilidade de racionamento de energia e isso se reflete no preço das ações", disse o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira.

O mercado mostra preocupação com as perspectivas para o setor elétrico brasileiro, em meio a um cenário de baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, chuvas insuficientes para recompor os estoques e sistema de termelétricas praticamente todo acionado.


O Índice de Energia Elétrica, que reúne os papéis do setor negociados na Bovespa, teve queda de 2,49 por cento --foi a baixa mais acentuada desde setembro de 2012, quando as ações desabaram após o governo anunciar redução das tarifas de energia e antecipar a renovação de concessões do setor.

Dentre as blue chips, as ações preferenciais da Vale e da Petrobras foram as principais influências negativas para o Ibovespa, ambas com queda de cerca de 2 por cento.

Em sentido oposto, PDG Realty e Gerdau avançaram 2,32 e 1,75 por cento, respectivamente, ajudando a limitar as perdas do índice.

Num dia de fraca agenda econômica, investidores adotavam cautela antes do início da temporada de resultados corporativos do quarto trimestre nos Estados Unidos e realizavam lucros após a forte alta recente.

Em Nova York, o índice Dow Jones tinha queda de 0,36 por cento às 18h23 (horário de Brasília). Mais cedo, o referencial do mercado europeu fechou os negócios em baixa de 0,49 por cento.

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