Mercados

Bovespa avança com disparada de Petrobras

Setor de educação limita alta


	Petróleo: há especulações relacionadas a vendas de ativos e expectativa da divulgação do balanço auditado da Petrobras no final desta semana
 (thinkstock)

Petróleo: há especulações relacionadas a vendas de ativos e expectativa da divulgação do balanço auditado da Petrobras no final desta semana (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2015 às 12h46.

São Paulo - O principal índice da Bovespa buscava os 55 mil pontos nesta segunda-feira, impulsionado pela disparada das ações da Petrobras, em meio a especulações relacionadas a vendas de ativos e expectativa da divulgação do balanço auditado da estatal no final desta semana.

Às 12h19, o Ibovespa subia 0,59 por cento, a 54.534 pontos. O volume financeiro somava 2,5 bilhões de reais.

"O clima sugere uma melhora da situação, com os preços dos ativos já tendo vivido dias piores", disse o ex-diretor do Banco Central Mesquita, hoje à frete da equipe de economia do banco Brasil Plural, após realizar diversas reuniões com investidores e autoridades desde a semana passada.

Em nota a clientes, ele disse que as razões dessa melhora são várias, tanto políticas e econômicas, mas pondera que "se este será o início de uma melhora sustentada ou apenas um alívio temporário ainda não está claro".

As preferenciais da Petrobras avançavam 6,6 por cento e as ordinárias ganhavam 7,86 por cento, conforme seguem expectativas sobre possível reunião do Conselho de Administração na sexta-feira em que a estatal pode aprovar e divulgar os números auditados de 2014.

As ações tocaram a máxima da sessão após o serviço Broadcast da Agência Estado informar que a estatal pretende vender a participação que detém na petroquímica Braskem, controlada pela Petrobras em conjunto com a Odebrecht. A operação faria parte do plano de desinvestimentos da estatal.

Os papéis da Braskem recuaram para a mínima da sessão, em queda de 2,57 por cento, mas reduziram as perdas e caíam apenas 0,3 por cento mais tarde.

Vale ajudava a sustentar a alta do índice, em meio à cobertura de posições vendidas principalmente nas ONs e trégua na queda do preço do minério de ferro, apesar da S&P ter colocado o rating da empresa em observação negativa e o UBS ter cortado a recomendação do ADR para "venda".

O avanço do Ibovespa, porém, era limitado pelo forte declínio nos papéis de educação listados no Ibovespa, com Kroton caindo 2,9 por cento e Estácio recuando 2,3 por cento, diante de relatório do Credit Suisse adotando visão mais cautelosa para o setor, incluindo corte de Estácio para "underperform".

JBS e BRF também pesavam na ponta negativa, com quedas de 1 e 0,1 por cento, respectivamente.

Operadores citaram notícia do jornal O Globo, segundo a qual, as empresas aparecem nos diálogos interceptados pela Polícia Federal (PF) na Operação Zelotes.

Ainda do noticiário corporativo, Grupo Pão de Açúcar subia 0,21 por cento, após a maior varejista do Brasil, reportar avanço de 14,8 por cento na receita líquida do primeiro trimestre sobre igual período do ano anterior, com ajuda das suas divisões de alimentos e comércio eletrônico.

O BTG Pactual disse que o dado das vendas nas mesmas lojas mostrou recuperação no caso do Pão de Açúcar, que continua com recomendação de "compra", embora a relação com fornecedores, nível de serviço nas lojas e a atuação da nova direção estejam sendo monitoradas.

"Estamos mais preocupados com Pão de Açúcar do que estivemos nos últimos 5 anos", disse em nota a clientes.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais de Mercados

Americanas (AMER3) amplia desvalorização desde fraude e se torna uma das menores empresas da bolsa

‘Caixinhas’ do Nubank são porta de entrada para 70% dos investidores da fintech

Suzano (SUZB3) dispara na bolsa e sobe mais de 14% após desistir de comprar concorrente americana

Ibovespa tem firme alta e recupera os 124 mil pontos após falas de Lula e Caged; dólar cai a R$ 5,50

Mais na Exame