Incerteza sobre medidas do governo incomoda mercado
O giro financeiro do pregão foi de 5,8 bilhões de reais, abaixo da média de 6,7 bilhões de reais em 2011 até o dia 6.
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2011 às 18h01.
Sâo Paulo - O principal índice das ações brasileiras fechou em baixa nesta sexta-feira, com a incerteza do mercado quanto a futuras medidas do governo sobre inflação e câmbio intensificando a realização de lucros.
O Ibovespa <.BVSP> recuou 0,66 por cento, a 68.718 pontos.
O giro financeiro do pregão foi de 5,8 bilhões de reais, abaixo da média de 6,7 bilhões de reais em 2011 até o dia 6.
O mercado reagiu ao aumento de 1,5 por cento ao ano do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de crédito para pessoa física. O objetivo do governo ao anunciar a medida na quinta-feira é o de moderar o crescimento da demanda das famílias, um dos principais motores da expansão da economia mas que também tem acelerado as pressões inflacionárias.
Foi a segunda novidade do Ministério da Fazenda em apenas dois dias. Na quarta-feira, o ministro Guido Mantega anunciara a extensão da alíquota de 6 por cento do IOF para empréstimos no exterior com prazo de até dois anos, com a intenção de frear a valorização do real.
Nesta sexta, Mantega afirmou em seminário que o governo continuará tomando medidas. [ID:nN08250047] "Como é a conta-gotas, o conjunto disso está pesando no nosso mercado; a visão de que podem vir mais coisas, uma hora contra o dólar, outra hora contra a inflação", disse Pedro Galdi, analista da corretora SLW.
Os analistas Saul Martinez, Mariana Barros, Marina Mansur, do JPMorgan, expressaram visão parecida em nota: "o impacto negativo da notícia de ontem vem mais pelo lado da falta de clareza sobre a trajetória da política monetária".
Fabio Romero, sócio da Brava Investimentos, concorda que a queda tem "o dedo do Mantega", mas avaliou que o mercado já estava tendendo à realização de lucros. "É uma correção natural, tem motivos pra isso. O mercado subiu muito forte." Na terça-feira, o Ibovespa <.BVSP> atingiu os 70.000 pontos durante os negócios pela primeira vez desde janeiro, em parte pelo reflexo do aumento da nota de crédito do Brasil pela agência Fitch, anunciado um dia antes.
A queda do Ibovespa nesta sexta-feira também teve respaldo no movimento das bolsas norte-americanas, que passaram a cair por causa da alta do petróleo acima de 112 dólares em Nova York .
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores quedas estiveram as dos setores financeiro, imobiliário e de consumo --justamente os mais sensíveis à política monetária e a medidas do governo sobre o crédito.
Gafisa teve a maior baixa, 3,17 por cento, a 11,00 reais. Santander caiu 3,15 por cento, a 18,75 reais, e Hypermarcas 2,98 por cento, a 20,81 reais.
No lado de cima, MMX teve a maior alta, 5,04 por cento, a 11,05 reais. De acordo com um operador, o movimento aconteceu por fatores técnicos, e pode ter ganhado intensidade com a cobertura de posições vendidas.
O maior volume ficou para as ações PN da Vale , com variação positiva de 0,02 por cento, a 47,43 reais.
Sâo Paulo - O principal índice das ações brasileiras fechou em baixa nesta sexta-feira, com a incerteza do mercado quanto a futuras medidas do governo sobre inflação e câmbio intensificando a realização de lucros.
O Ibovespa <.BVSP> recuou 0,66 por cento, a 68.718 pontos.
O giro financeiro do pregão foi de 5,8 bilhões de reais, abaixo da média de 6,7 bilhões de reais em 2011 até o dia 6.
O mercado reagiu ao aumento de 1,5 por cento ao ano do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de crédito para pessoa física. O objetivo do governo ao anunciar a medida na quinta-feira é o de moderar o crescimento da demanda das famílias, um dos principais motores da expansão da economia mas que também tem acelerado as pressões inflacionárias.
Foi a segunda novidade do Ministério da Fazenda em apenas dois dias. Na quarta-feira, o ministro Guido Mantega anunciara a extensão da alíquota de 6 por cento do IOF para empréstimos no exterior com prazo de até dois anos, com a intenção de frear a valorização do real.
Nesta sexta, Mantega afirmou em seminário que o governo continuará tomando medidas. [ID:nN08250047] "Como é a conta-gotas, o conjunto disso está pesando no nosso mercado; a visão de que podem vir mais coisas, uma hora contra o dólar, outra hora contra a inflação", disse Pedro Galdi, analista da corretora SLW.
Os analistas Saul Martinez, Mariana Barros, Marina Mansur, do JPMorgan, expressaram visão parecida em nota: "o impacto negativo da notícia de ontem vem mais pelo lado da falta de clareza sobre a trajetória da política monetária".
Fabio Romero, sócio da Brava Investimentos, concorda que a queda tem "o dedo do Mantega", mas avaliou que o mercado já estava tendendo à realização de lucros. "É uma correção natural, tem motivos pra isso. O mercado subiu muito forte." Na terça-feira, o Ibovespa <.BVSP> atingiu os 70.000 pontos durante os negócios pela primeira vez desde janeiro, em parte pelo reflexo do aumento da nota de crédito do Brasil pela agência Fitch, anunciado um dia antes.
A queda do Ibovespa nesta sexta-feira também teve respaldo no movimento das bolsas norte-americanas, que passaram a cair por causa da alta do petróleo acima de 112 dólares em Nova York .
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores quedas estiveram as dos setores financeiro, imobiliário e de consumo --justamente os mais sensíveis à política monetária e a medidas do governo sobre o crédito.
Gafisa teve a maior baixa, 3,17 por cento, a 11,00 reais. Santander caiu 3,15 por cento, a 18,75 reais, e Hypermarcas 2,98 por cento, a 20,81 reais.
No lado de cima, MMX teve a maior alta, 5,04 por cento, a 11,05 reais. De acordo com um operador, o movimento aconteceu por fatores técnicos, e pode ter ganhado intensidade com a cobertura de posições vendidas.
O maior volume ficou para as ações PN da Vale , com variação positiva de 0,02 por cento, a 47,43 reais.