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Incerteza sobre a privatização afeta projeção para Cesp

Apesar disso, SLW Corretora elevou o preço-alvo para os papéis da companhia de R$ 32,77 para R$ 35,18

“Rumo que será dado para a empresa ainda é uma incógnita”, destaca analista (Caio Coronel)

“Rumo que será dado para a empresa ainda é uma incógnita”, destaca analista (Caio Coronel)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 19h00.

São Paulo – Apesar de registrarem forte valorização, superando no acumulado do ano o desempenho do Ibovespa, o principal índice de ações brasileiro, as perspectivas para a Cesp (CESP6) ainda são incertas diante da renovação das concessões das usinas hidrelétricas, previstas para vencerem em 2015, além da possibilidade de privatização da companhia, algo que não está descartado pelo mercado.

Em relatório, a analista Rosângela Ribeiro da SLW Corretora elevou o preço-alvo para as ações preferenciais de classe B da companhia de 32,77 reais para 35,18 reais até o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 12, 03% frente à cotação de 31,40 reais observada no fechamento do pregão desta quinta-feira (7). Caso a companhia seja privatizada, a analista estima que os papéis devam saltar para 45,78 reais, um potencial de valorização de 45,79% ante a cotação atual.

A SLW acredita que a companhia possa ser beneficiada no segundo semestre deste ano diante das boas perspectivas e, por isso, optou por elevar o preço-alvo. A recomendação é para manter em mãos os papéis da empresa. No acumulado do ano, as ações da Cesp registram forte valorização de 18,45%, ao mesmo tempo em que o Ibovespa contabiliza uma perda de 10,24%.

“Atualmente a única sinalização é de que a Cesp pode se tornar uma empresa rentável, competitiva com um programa de investimentos mais agressivo e também se tornar uma boa pagadora de dividendos. Mas por enquanto o rumo que será dado à empresa ainda é uma incógnita, e vai depender também de vontade política, lembrando que a empresa pertence ao Governo de São Paulo”, destaca a analista.

Em sua análise, Rosângela incorporou novas premissas macroeconômicas, além de projeções de ajustes operacionais e financeiros. Além disso, ela considerou a possibilidade de renovação das concessões e, em outro cenário, uma provável privatização ou federalização da companhia.

“Nossa expectativa é de que a renovação das concessões, que vencem em 2015, seja resolvida na reunião do Conselho Nacional de Política Energética no início do 4º trimestre. É importante lembrar que a Cesp possui duas grandes usinas que estarão no universo das concessões, Jupiá e Ilha Solteira. Juntas elas representam cerca de 60% do total da capacidade de geração da empresa”, destaca a analista da SLW.

A avaliação de Rosângela considera que as duas concessões ficarão em poder da Cesp, seja por renovação ou prorrogação, porém com tarifa média de 50 reais, o que significa cerca de 50% da tarifa média atual praticada pela empresa. “Ainda assim, a Cesp continua rentável, podendo proporcionar bons dividendos”, prevê.

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