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Impulsionado por exportadoras, Ibovespa tem oitava alta

Índice da bolsa fechou em alta de 1,24 por cento, a 51.538 pontos, maior nível desde 7 de junho


	Bovespa: índice da Bolsa se sustentou no campo positivo graças à contribuição de empresas exportadoras, como Vale, Gerdau, Usiminas, CSN, Fibria e Suzano 
 (REUTERS/Nacho Doce)

Bovespa: índice da Bolsa se sustentou no campo positivo graças à contribuição de empresas exportadoras, como Vale, Gerdau, Usiminas, CSN, Fibria e Suzano  (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 18h26.

São Paulo - O principal índice da Bovespa teve seu oitavo pregão de alta nesta sexta-feira, apoiado em papéis de empresas exportadoras que refletiram a expectativa de maiores vendas externas por conta da desvalorização do real ante o dólar.

O Ibovespa operou no azul durante a maior parte do pregão, mas ganhou força no fim do dia e fechou em alta de 1,24 por cento, a 51.538 pontos, maior nível desde 7 de junho.

Na semana, o índice acumulou avanço de 3,34 por cento --foi sua quinta semana em seis de alta. O giro financeiro totalizou 8,79 bilhões de reais.

Sustentaram o Ibovespa nesta sessão principalmente os papéis da Vale, Gerdau, Usiminas, CSN, Fibria e Suzano.

"O câmbio depreciado favorece os grandes produtores de bens 'tradables' e a perspectiva de faturamento dessas empresas", afirmou o economista Antonio Madeira, da MCM Consultores.

O dólar teve nesta sexta-feira sua maior alta percentual ante o real desde novembro de 2011 e fechou na maior cotação desde 3 de março de 2009, num momento de pessimismo com os fundamentos da economia brasileira.

A Gerdau subiu mais de 6 por cento, a 16,26 reais, depois do Santander ter elevado recomendação sobre as ações da empresa de "abaixo da média do mercado" para "compra".

Segundo analistas do banco, a Gerdau "confirmou que está aumentando preços de aços longos no Brasil em cerca de 7 por cento em setembro". O preço-alvo também foi elevado, de 16 para 20 reais.

PDG Realty teve a maior alta do índice, em meio à cobertura de posições vendidas por parte de investidores e se beneficiando da alta da bolsa como um todo, segundo o analista Felipe Miranda, da Empiricus Research.

Em contrapartida, Itaú Unibanco exerceu a maior pressão de baixa, e a holding Itaúsa também caiu.

Ambos os papéis foram impactados pela notícia de que a Receita Federal autuou o banco em cerca de 18,7 bilhões de reais por impostos em atraso, multas e juros relacionados aos instrumentos usados na fusão que originou o banco.

Já os papéis da Petrobras tiveram leve queda, com investidores realizando lucros das duas últimas sessões, quando a ação acumulou alta de quase 9 por cento.

Neste pregão, investidores miraram ainda o vencimento de opções sobre ações que ocorre na próxima segunda-feira, embora parte do movimento já tenha sido antecipado na quinta, quando o giro financeiro foi de 10 bilhões de reais.

"Ontem a subida da Petrobras já obrigou muita gente que estava vendida a correr atrás e zerar posições, então muita coisa já foi antecipada", afirmou o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos. "O exercício deve ser normal, sem muitas surpresas", completou.

Descolada

O índice teve mais um pregão descolado das bolsas norte-americanas, que recuaram levemente, após terem registrado na véspera sua maior queda percentual diária desde o fim de junho.

"A Bovespa está recentemente bastante volátil e descorrelacionada de outros indicadores como as bolsas norte-americanas, o juro e o câmbio", afirmou o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital. "Me parece que está ocorrendo alguma questão mais técnica de ajuste", completou.

No mês de agosto, o Ibovespa acumula alta de 6,85 por cento, mas no ano ainda tem perdas de 15,4 por cento.

Atualizado às 18h25min.

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