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Impasse sobre a dívida nos EUA, arcabouço fiscal na Câmara, Focus e o que mais move os mercados

Semana começa com os investidores de olho na negociação da Casa Branca com o Congresso e bolsas operando de forma mista

Governo dos EUA tenta correr contra o tempo (Al Drago/Bloomberg/Getty Images)
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 22 de maio de 2023 às 07h30.

Última atualização em 22 de maio de 2023 às 07h50.

A semana começa com os investidores de olho na negociação da Casa Branca com o Congresso sobre a dívida pública dos Estados Unidos. O governo tenta correr contra o tempo para evitar um calote histórico a partir de junho. Nesta segunda-feira, os mercados internacionais operavam mistos.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com destaque para o principal índice da Bolsa de Hong Kong, que subiu 1,17%, após o presidente norte-americano Joe Biden sinalizar em declarações no G7 que espera melhora na relação com a China.

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Nos mercados asiáticos também há uma expectativa de início de corte nos juros pelo Banco Central chinês, depois de nove altas consecutivas. Isso poderia ajudar a sustentar a recuperação econômica do país e, por consequência, da região.

Na Europa, com uma agenda de indicadores esvaziada e o noticiário também morno, a atenção se volta aos Estados Unidos, na expectativa sobre a discussão fiscal. A Stoxx 600 subia 0,10% perto das 7h.

Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília)

Para onde vai o teto da dívida dos EUA?

Hoje, o presidente Joe Biden se reúne o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy. O clima não é dos melhores. Na sexta-feira, congressistas republicanos abandonaram uma reunião a portas fechadas com membros do governo. O governo considerou as exigências da oposição republicana muito restritivas.

A tentativa do governo americano é por uma ampliação do teto da dívida. No domingo, a Secretária de Tesouro, Janet Yellen, afirmou que seriam precisas "escolhas difíceis" se esse texto não fosse flexibilizado.

Essa debate até mesmo ofuscou a indicação do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o Banco Central americano pode começar a aliviar a pressão sobre a política monetária, por causa da pressão de crédito depois dos solavancos entre alguns bancos do país.

Arcabouço fiscal em discussão na Câmara

Por aqui, a questão fiscal também é o centro das atenções. Na terça-feira, 23, é esperado que o texto seja votado no plenário da Câmara de Deputados, onde foi decidido que a pauta teria caráter de urgência. Para isso, o relator do projeto, Cláudio Cajado (PP-BA) deve se reunir com líderes dos partidos e, ainda antes, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Oposição e apoiadores do governo disputam mudanças na composição do texto do projeto. Até sexta-feira, 19, ao menos 40 propostas de emendas já haviam sido protocoladas, incluindo sugestões para endurecer o teto de despesas públicas. O projeto de lei complementar precisa de 257 votos para seguir para análise do Senado.

Boletim Focus

Nesta segunda-feira, 22, o Banco Central publica mais uma edição do Boletim Focus. Na publicação da última segunda-feira, as projeções eram de inflação a 6,03% em 2023 e PIB crescendo 1,02%. Já para 2024, a expectativa era de que o IPCA ficasse em 4,15% e o PIB avançasse 1,38%. Uma semana antes, a estimativa era de um PIB 1,40% maior em 2024. O relatório é publicado pelo Banco Central às 8h25.

Conselho da Oi aprova plano de recuperação judicial

No último sábado, a Oi (OIBR3) publicou documento sobre a aprovação do plano de recuperação judicial pelo Conselho. A companhia entrou pela segunda vez em RJ no começo deste ano, meses depois de ter encerrado um processo de RJ iniciado em 2016. Entre os temas aprovados pelo conselho está a previsão de uma captação de dívida extraconcursal de ao menos R$ 4 bilhões, na forma de um empréstimo superprioritário.

Na sexta-feira, a Oi publicou uma nota afirmando que não há razão para a Agência Nacional de Telecomunicações ( Anatel ) ter aberto um processo que pode, em um caso extremo, culminar com a cassação da sua concessão de telefonia fixa. Segu do a empresaseu novo pedido de recuperação judicial não impactou as operações.

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