Operadores na Bovespa: às 12h06, o principal índice do mercado acionário local avançava 0,64%, a 58.823X pontos (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2014 às 12h25.
São Paulo - Após volatilidade no início do pregão, o principal índice da Bovespa firmava-se no azul nesta quarta-feira, voltando a renovar máxima intradia no ano, conforme investidores seguem no aguardo de novos desdobramentos do cenário político.
Às 12h06, o principal índice do mercado acionário local avançava 0,64 por cento, a 58.823X pontos. Na máxima até o momento, chegou a bater 59.010 pontos. O volume financeiro somava 2,26 bilhões de reais.
"O Ibovespa subiu muito rápido em função de questões eleitorais, com a melhora do mercado internacional dando sustentação", disse o gestor e sócio da Cultinvest Asset Management, Walter Mendes.
No ano, o Ibovespa acumula alta de cerca de 14 por cento. Em agosto, o ganho é de 5 por cento até a véspera.
"Talvez se não houver notícias novas nesta área (eleitoral), pode dar uma estabilizada nesse patamar, o que seria bem razoável", acrescentou, minimizando, contudo, a chance de uma correção de baixa.
Nesta tarde, as atenções estarão voltadas para a oficialização pelo o PSB da chapa presidencial que disputará eleição após morte de Eduardo Campos. Na véspera, o partido definiu a ex-senadora Marina Silva candidata à presidência e o deputado federal Beto Albuquerque (RS) como vice. Também seguem sob os holofotes do mercado pesquisas sobre intenção de voto, assim como o primeiro debate entre os candidatos previsto para o final do mês.
Segundo análise gráfica da Itaú Corretora, o Ibovespa "continua em tendência de alta no curto prazo, em direção ao objetivo em 59.500 pontos, que é uma forte resistência".
Entre os papéis que têm reagido à dinâminca eleitoral, Petrobras sustentava fortes ganhos novamente, assim como os papéis de outras estatais como Eletrobras e Banco do Brasil As ações de Itaú Unibanco e Bradesco, que fecharam na máxima do dia na terça-feira, também subiam.
O Banco Central elevou nesta manhã de 50 para 60 por cento a parte do recolhimento compulsório a prazo que pode ser cumprida com operações de crédito, o que abre espaço para liberar 10 bilhões de reais. Natura também chamava a atenção, em meio à repercussão do anúncio de troca de comando da empresa, feito na véspera.
A equipe da Brasil Plural avaliou que a alteração pode ser importante para a Natura fazer mudanças mais expressivas no modelo para defender sua participação no mercado. MMX voltava a aparecer entre as maiores quedas, após ter despencado 10 por cento na véspera.
Nesta quarta-feira, a mineradora disse que irá paralisar temporariamente a produção da unidade de Serra Azul. Cielo também caía, após o Bofa Merrill Lynch reiniciar cobertura com recomendação "underperform" (abaixo da média do mercado), com preço-alvo em 40 reais.