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Ibovespa supera 52 mil pontos, impulsionado por construtoras

Índice fechou na máxima da sessão, com alta de 1,56%, a 52.197 pontos, seu maior patamar em 11 semanas


	Bovespa: alta do índice ocorreu em meio à queda de 3,2 por cento do dólar ante o real
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: alta do índice ocorreu em meio à queda de 3,2 por cento do dólar ante o real (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 18h18.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira, impulsionada pelos ganhos das construtoras e do setor financeiro, em meio à forte queda do dólar após o anúncio de medidas do governo para tentar conter a escalada da divisa norte-americana ante o real.

O Ibovespa fechou na máxima da sessão, com alta de 1,56 por cento, a 52.197 pontos, seu maior patamar em 11 semanas. Na semana, o Ibovespa subiu 1,28 por cento.

O giro financeiro na sessão desta sexta-feira foi de 9,5 bilhões de reais.

A alta do índice ocorreu em meio à queda de 3,2 por cento do dólar ante o real, após o Banco Central ter anunciado na véspera plano para a injeção potencial de 60 bilhões de dólares no mercado até o fim do ano.

A trajetória da moeda também puxou para baixo as taxas de juros futuros, à medida que reduziu temores de pressão inflacionária provocada pela variação cambial.

Nesse cenário, foram destaque de alta na bolsa paulista os papéis das construtoras, como PDG Realty, Rossi Residencial e Gafisa.

"Com a descompressão do câmbio, há também uma menor pressão para o BC estender o ciclo de aperto monetário. Os juros futuros estão caindo forte, o que favorece as construtoras", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O setor financeiro também deu força ao índice, com destaque para Itaú Unibanco e Bradesco.

Na outra ponta, empresas exportadoras como CSN CSNA3.SA>, Gerdau, Suzano, Fibria e Marfrig apareceram entre as principais quedas, após os papéis terem sido favorecidas recentemente pela alta do dólar. As ações da Vale também fecharam em queda.

A Petrobras encerrou o dia em alta, após ter subido mais de 5 por cento na sessão anterior. A ação seguiu reagindo à expectativa do mercado de um reajuste nos preços de combustíveis, mesmo após um porta-voz da Presidência ter negado que a presidente Dilma Rousseff tenha discutido o tema.

"É muito difícil não ter discutido. Ultimamente está difícil acreditar no que o governo vem falando. Não há como a Petrobras continuar assim, com essa defasagem de preços", afirmou o economista-chefe da Souza Barros Corretora, Clodoir Vieira.

Para o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt, o Ibovespa deu nesta sessão continuidade à recuperação de preços iniciada no fim de julho. "O mercado está interessado em testar uma barreira próxima dos 52 mil pontos", afirmou.

Atualizado às 18h18min.

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