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Ibovespa sobe puxado por privatizações e à espera de TLP

Às 12:24, o índice da bolsa brasileira subia 0,62 por cento, a 70.915 pontos. O giro financeiro era de 2,84 bilhões de reais

B3: onda de privatizações anunciadas pelo governo animavam os investidores nesta quinta-feira (Germano Lüders/Exame)

B3: onda de privatizações anunciadas pelo governo animavam os investidores nesta quinta-feira (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 12h41.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista operava no azul nesta quinta-feira, mantendo o otimismo recente diante dos planos de privatizações do governo federal e com investidores à espera da votação em plenário da Câmara dos Deputados da medida que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP).

Às 12:24, o Ibovespa subia 0,62 por cento, a 70.915 pontos. O giro financeiro era de 2,84 bilhões de reais.

O bom humor iniciado com o anúncio dos planos de desestatização da Eletrobras ganhou mais fôlego na véspera após o governo apresentar os planos para privatizar a Casa da Moeda e o braço da Caixa Econômica Federal para loterias instantâneas Lotex, além de colocar em leilão o aeroporto de Congonhas (SP) e uma série de outros projetos de infraestrutura que devem injetar nos cofres da União bilhões de reais entre este ano e o próximo.

Ainda na esfera política, a expectativa é pela aprovação pelo plenário da Câmara do projeto de lei de conversão da medida provisória que cria a TLP para financiamentos concedidos pelo BNDES, após a rejeição dos destaques simples nesta madrugada. A votação da matéria está prevista para esta quinta-feira.

Investidores seguiam ainda atentos ao exterior, à espera de discursos de membros de importantes bancos centrais no encontro de Jackson Hole, nos Estados Unidos, que começa nesta quinta-feira.

Destaques

- Eletrobras ON avançava 4,08 por cento e Eletrobras PNB tinha alta de 2,57 por cento, voltando a subir diante dos planos de privatização da estatal. Na véspera, as ações caíram, em movimento de ajuste após os papéis ordinários subirem quase 50 por cento na esteira do anúncio do plano de desestatização.

- Vale ON avançava 2,80 por cento. No radar estavam os comentários da equipe do Itaú BBA em relatório a clientes, que vê a possibilidade do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingir 4 bilhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, amparado nos preços de commodities. Segundo a equipe do banco, que manteve a recomendação "outperform" após encontro com a empresa realizado no Chile, a Vale permanece otimista quanto aos fortes resultados esperados no curto prazo.

- Petrobras PN tinha variação positiva de 0,07 por cento e Petrobras ON ganhava 0,35 por cento, na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional.

Colaborando com o tom positivo estava a decisão da empresa de afastar temporariamente o diretor de Governança e Conformidade (DGC) da companhia, João Adalberto Elek Júnior, pelo menos até julgamento de recurso sobre um caso envolvendo possível conflito de interesse.

- Metalúrgica Gerdau PN perdia 1,07 por cento, entre os destaques negativos do índice, e Gerdau PN recuava 0,52 por cento, após o anúncio de mudanças na gestão do grupo não atingir as expectativas por melhoria efetiva na governança.

- M. Dias Branco ON, que não faz parte do Ibovespa, subia 5,8 por cento, engatando o segundo pregão seguido de ganhos. Para a equipe da Modena Capital, o cenário para a empresa de alimentos dona da marca Adria é positivo e deve encerrar o ano com receita, Ebitda e lucro recordes, sem perder o ímpeto em 2018.

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