Exame Logo

Ibovespa sobe na sessão, mas encerra semana com leve perda

O Ibovespa fechou com alta hoje, diante da avaliação de investidores de que os últimos desdobramentos no campo político favorecem a perspectiva de mudança

Bovespa: o Ibovespa subiu 3,67 por cento, a 50.292 pontos (.)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2016 às 18h03.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou com alta de 3,7 por cento nesta sexta-feira, com ações como Banco do Brasil avançando dois dígitos, diante da avaliação de investidores de que os últimos desdobramentos no campo político favorecem a mudança de comando no país.

O quadro externo favorável a mercado emergentes e commodities endossou o avanço doméstico, mesmo com o enfraquecimento dos pregões em Wall Street. O índice MSCI de referência para mercados emergentes subiu 0,93 por cento.

O Ibovespa subiu 3,67 por cento, a 50.292 pontos. Na máxima, o índice de referência do mercado acionário brasileiro saltou 4 por cento. O volume financeiro somou 8 bilhões de reais, acima da média diária de abril, que está abaixo de 6 bilhões de reais.

De acordo com agentes do mercado financeiro, o parecer do procurador-geral da República contrário à nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil foi um dos principais fatores por trás do sentimento positivo na bolsa paulista nesta sessão.

O entendimento entre esses profissionais é de que a presença formal de Lula no governo facilitaria a articulação política para barrar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, enquanto sua ausência formal na equipe do governo atenua tal vantagem. Nesse contexto, além da decisão de Janot, reforçaram o viés positivo no pregão levantamentos da mídia brasileira mostrando aumento da parcela de deputados a favor do impeachment.

O economista da gestora de recursos Rio Bravo Investimentos Evandro Buccini disse que as últimas notícias deram suporte a percepções mais favoráveis ao impeachment após uma semana em que vinha prevalecendo o oposto. O desempenho da bolsa na semana refletiu tal visão, com o Ibovespa acumulando perda de 0,53 por cento na semana.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL disparou 11,53 por cento, capitaneando o avanço dos papéis de bancos, conforme o setor segue também atrelado a expectativas no campo político. ITAÚ UNIBANCO ganhou 6,3 por cento e BRADESCO subiu 4,94 por cento, fortalecendo o avanço do Ibovespa dada a relevante fatia que ambos detêm na composição do índice.

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em alta de 7,27 por cento, também influenciadas por expectativas relacionadas à esfera política, além da forte alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE avançou 8,36 por cento, acompanhando o viés positivo do pregão como um todo e beneficiada pelo avanço das commodities em geral, embora o minério de ferro tenha recuado na sessão. - USIMINAS saltou 14,29 por cento, em sessão de alta do setor siderúrgico na Bovespa como um todo, em meio a notícias sobre cortes de produção na China. Os papéis do setor também tem beta elevado, logo, costumam oscilar com mais intensidade em relação ao movimento do Ibovespa.

- RUMO LOGÍSTICA liderou as altas do Ibovespa com ganho de 20,37 por cento, após a transportadora logística levantar 2,6 bilhões de reais em operação de aumento de capital, o que trouxe alívio às preocupações com o balanço e o financiamento de investimentos da empresa. Na véspera, o papel recuou quase 17 por cento. - BMF&BOVESPA subiu 4,95 por cento, após a operadora da bolsa vender sua participação acionária no CME Group para financiar a compra da Cetip, o que alimentava expectativas de que o anúncio da união entre as duas empresas ocorra em breve. As ações da Cetip avançaram 2,01 por cento. - JBS perdeu 5,69 por cento, entre as poucas quedas do Ibovespa, pressionada pela queda do dólar ante o real dada a exposição de seu balanço à moeda norte-americana. - FIBRIA recuou 6,55 por cento, assim como outras ações do setor de papel e celulose, também afetada pelo movimento na taxa de câmbio, além de dados recentes mostrando queda nos preços de celulose na China.

Texto atualizado às 18h02

Veja também

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou com alta de 3,7 por cento nesta sexta-feira, com ações como Banco do Brasil avançando dois dígitos, diante da avaliação de investidores de que os últimos desdobramentos no campo político favorecem a mudança de comando no país.

O quadro externo favorável a mercado emergentes e commodities endossou o avanço doméstico, mesmo com o enfraquecimento dos pregões em Wall Street. O índice MSCI de referência para mercados emergentes subiu 0,93 por cento.

O Ibovespa subiu 3,67 por cento, a 50.292 pontos. Na máxima, o índice de referência do mercado acionário brasileiro saltou 4 por cento. O volume financeiro somou 8 bilhões de reais, acima da média diária de abril, que está abaixo de 6 bilhões de reais.

De acordo com agentes do mercado financeiro, o parecer do procurador-geral da República contrário à nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil foi um dos principais fatores por trás do sentimento positivo na bolsa paulista nesta sessão.

O entendimento entre esses profissionais é de que a presença formal de Lula no governo facilitaria a articulação política para barrar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, enquanto sua ausência formal na equipe do governo atenua tal vantagem. Nesse contexto, além da decisão de Janot, reforçaram o viés positivo no pregão levantamentos da mídia brasileira mostrando aumento da parcela de deputados a favor do impeachment.

O economista da gestora de recursos Rio Bravo Investimentos Evandro Buccini disse que as últimas notícias deram suporte a percepções mais favoráveis ao impeachment após uma semana em que vinha prevalecendo o oposto. O desempenho da bolsa na semana refletiu tal visão, com o Ibovespa acumulando perda de 0,53 por cento na semana.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL disparou 11,53 por cento, capitaneando o avanço dos papéis de bancos, conforme o setor segue também atrelado a expectativas no campo político. ITAÚ UNIBANCO ganhou 6,3 por cento e BRADESCO subiu 4,94 por cento, fortalecendo o avanço do Ibovespa dada a relevante fatia que ambos detêm na composição do índice.

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em alta de 7,27 por cento, também influenciadas por expectativas relacionadas à esfera política, além da forte alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE avançou 8,36 por cento, acompanhando o viés positivo do pregão como um todo e beneficiada pelo avanço das commodities em geral, embora o minério de ferro tenha recuado na sessão. - USIMINAS saltou 14,29 por cento, em sessão de alta do setor siderúrgico na Bovespa como um todo, em meio a notícias sobre cortes de produção na China. Os papéis do setor também tem beta elevado, logo, costumam oscilar com mais intensidade em relação ao movimento do Ibovespa.

- RUMO LOGÍSTICA liderou as altas do Ibovespa com ganho de 20,37 por cento, após a transportadora logística levantar 2,6 bilhões de reais em operação de aumento de capital, o que trouxe alívio às preocupações com o balanço e o financiamento de investimentos da empresa. Na véspera, o papel recuou quase 17 por cento. - BMF&BOVESPA subiu 4,95 por cento, após a operadora da bolsa vender sua participação acionária no CME Group para financiar a compra da Cetip, o que alimentava expectativas de que o anúncio da união entre as duas empresas ocorra em breve. As ações da Cetip avançaram 2,01 por cento. - JBS perdeu 5,69 por cento, entre as poucas quedas do Ibovespa, pressionada pela queda do dólar ante o real dada a exposição de seu balanço à moeda norte-americana. - FIBRIA recuou 6,55 por cento, assim como outras ações do setor de papel e celulose, também afetada pelo movimento na taxa de câmbio, além de dados recentes mostrando queda nos preços de celulose na China.

Texto atualizado às 18h02
Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame