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Ibovespa sobe mais de 2% por decisão do Fed

Índice fechou a 55.702 pontos, maior patamar desde 28 de maio, por conta do anúncio do FED de manter ritmo de seu programa de compra de títulos


	Bovespa: das 73 ações que compõem o índice da bolsa, somente 9 recuaram
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: das 73 ações que compõem o índice da bolsa, somente 9 recuaram (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 18h09.

São Paulo - O principal índice da Bovespa subiu mais de 2 por cento nesta quarta-feira e fechou em seu maior nível desde o fim de maio, com investidores comemorando a decisão do banco central dos Estados Unidos de manter o ritmo de seu programa de compra de títulos, que tem favorecido ações de países emergentes.

O Ibovespa subiu 2,64 por cento, e fechou a 55.702 pontos, maior patamar desde 28 de maio. Das 73 ações que compõem o índice, somente 9 recuaram. O giro financeiro do pregão foi de 8,99 bilhões de reais.

Após passar a maior parte do dia sem grandes oscilações, o Ibovespa saltou da faixa dos 54,1 mil pontos para 55 mil pontos logo após o Federal Reserve afirmar que manterá por enquanto suas compras em 85 bilhões de dólares ao mês, contrariando as expectativas da maior parte do mercado.

"A decisão surpreendeu positivamente, eu achei que o Fed começaria a retirar os estímulos em 5 bilhões ou 10 bilhões de dólares", afirmou o analista sênior do BB Investimentos Hamilton Moreira Alves.

As bolsas norte-americanas também reagiram com otimismo à decisão e fecharam em nível recorde de alta. Para Alves, do BB Investimentos, a Bovespa deve continuar subindo a reboque dos índices dos EUA, podendo se aproximar dos 60 mil pontos no curto prazo.

Em seu comunicado divulgado nesta tarde, o Fed citou apertos na economia provenientes da política fiscal restritiva e taxas de juros de hipotecas mais altas como justificativas para a decisão. O chairman da instituição, Ben Bernanke, afirmou que a intenção é aguardar novas confirmações de fortalecimento da economia do país.

"É como se a economia dos Estados Unidos fosse um doente muito monitorado nos últimos anos e criou-se a expectativa de que números melhores o tirariam do CTI (centro de terapia intensiva), mas ele continuaria em um quarto, não iria para casa", afirmou o especialista em renda variável da Icap Brasil Rogério Oliveira.

"Nesse cenário, as bolsas vinham até subindo nos últimos dias. Mas agora o mercado está preferindo ler que ainda é muito importante manter os incentivos", completou.

Papéis de bancos exerceram a maior influência positiva sobre o Ibovespa, com avanço 3,31 por cento na ação preferencial do Bradesco e alta de 2,88 por cento do papel preferencial do Itaú Unibanco.

Empresas do setor imobiliário também impulsionaram o índice e as preferenciais da Petrobras, que chegaram a operar em queda, inverteram o movimento e subiram 2 por cento. Já a petroleira OGX encerrou em alta de 10 por cento.

Entre as quedas, destacaram-se Light e Embraer, assim como os papéis da Tim Participações. A operadora de telecomunicações tem sido afetada por notícias sobre um possível aumento de participação da Telefónica na italiana Telecom Italia, controladora da brasileira.

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