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Ibovespa tem leve alta e se mantém próximo de níveis recordes

Mercado internacional reage positivamente aos dados da economia americana; no Brasil, ações da Vale sustenta índice próximo de máxima histórica

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 27 de maio de 2021 às 12h50.

Última atualização em 27 de maio de 2021 às 16h09.

Após oscilar próximo à estabilidade, o Ibovespa registra leve alta nesta quinta-feira, 27, com o mercado em cautela após o índice voltar a se aproximar de sua máxima histórica. Às 16h05, o principal índice da B3 avança 0,12% para 124.189 pontos. 

Vale lembrar que o Ibovespa só conseguiu encerrar o pregão acima dos 124.000 pontos em duas ocasiões e que o recorde de fechamento é 125.076,63 pontos, batido no início de janeiro.

“Como a bolsa está próxima da máxima histórica, há uma briga forte no índice. Ainda assim, o mercado está sustentando esses patamares. Os investidores estão otimistas, colocando na conta os novos modelos macroeconômicos que preveem maior alta do PIB para este ano", diz Thomas Giuberti, sócio da Golden Investimentos.  

Na bolsa, são as ações da Vale (VALE3) que dão sustentação ao Ibovespa, subindo cerca de 0,54%. A alta ocorre após leve recuperação do minério de ferro na China. Ações de siderúrgicas também operam em alta, com CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) também avançando 1%.

"Por mais que a China tente controlar o preço do minério de ferro, ele vai continuar pressionado. No preço que está, ainda está entrando muito dinheiro [na Vale]", comenta Giuberti.

Na ponta do Ibovespa, as ações da Yduqs (YDUQ3) lideram as altas da sessão, subindo 7,54%. A concorrente Cogna (COGN3) também avança e tem ganhos 5,94%, com investidores apostando na recuperação de um dos setores mais afetados pela pandemia.

Embraer (EMBR3) também é destaque de alta, subindo mais de 6%. Já no extremo oposto, os papéis da Azul (AZUL4) caem 4,30%, com investidores realizando lucros, após dois pregões de fortes altas em meio a rumores de que a empresa pode comprar as operações da Latam no Brasil.

O cenário externo também ajuda a sustentar o Ibovespa, com os principais índices americanos subindo, após a divulgação de uma série de dados econômicos dos Estados Unidos. O principal índice americano, o S&P 500, opera em alta de 0,06%. O Dow Jones avança 0,29% e o índice de tecnologia Nasdaq tem leve variação negativa de 0,06%.

Divulgada nesta manhã, a segunda prévia do PIB americano do primeiro trimestre confirmou a alta de 6,4% apresentada em abril. A expectativa do mercado era de uma leve correção para 6,5%. Por outro lado, os pedidos de bens duráveis e de seguro desemprego sinalizaram forte recuperação da economia americana no segundo trimestre.

Também divulgados nesta manhã, os pedidos semanais de seguro desemprego caíram de 444.000 para 406.000, registrando uma nova mínima desde o início da pandemia. As estimativas eram de queda para 425.000. Já os pedidos de bens duráveis de abril tiveram alta mensal de 1% ante o crescimento previsto de 0,8%.

Embora os dados possam sugerir maior pressão inflacionária -- que tem sido a preocupação principal do mercado -- as bolsas reagiram bem aos números apresentados. A preocupação, agora, passa a ser com os preços das despesas de consumo pessoal, que serão divulgados nesta sexta-feira, 27.

Apesar da cautela na bolsa, o bom humor dos investidores tem se refletido no mercado de câmbio, com o dólar caindo 1,26% e sendo negociado pouco abaixo de 5,25 reais. Caso a queda seja confirmada, esta será a terceira dos últimos quatro pregões.

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