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Ibovespa sobe com melhora de humor sobre Previdência

O presidente da Câmara dos Deputados disse ter uma visão mais realista em relação às chances de aprovação da reforma da Previdência

B3: para aprovar a reforma na Câmara, são necessários ao menos 308 votos em dois turnos (Germano Lüders/Exame)
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Reuters

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 19h09.

Última atualização em 4 de dezembro de 2017 às 19h11.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista subiu nesta segunda-feira, com a melhora do humor em relação ao andamento da reforma da Previdência dando fôlego aos negócios, em sessão que teve as ações da Vale entre as principais influências positivas.

O Ibovespa avançou 1,14 por cento, a 73.090 pontos. O giro financeiro do pregão somou 8 bilhões de reais.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ter uma visão mais realista em relação às chances de aprovação da reforma da Previdência, após a reunião da véspera com o presidente Michel Temer, líderes e presidentes de partidos da base aliada e ministros.

Maia disse que a ideia é garantir em torno de 330 votos favoráveis à reforma para então levá-la ao plenário da Casa.

Para aprovar a medida na Câmara e encaminhá-la ao Senado, são necessários ao menos 308 votos em dois turnos de votações na Casa. Na véspera, Maia disse esperar ter uma ideia até quinta-feira de quantos votos são favoráveis à reforma.

"O governo avançou nessa articulação. Hoje, a perspectiva de que tem chance de passar é muito maior do que na semana passada", disse o diretor-geral da Fator Administração de Recursos, Paulo Gala, acrescentando que os dados da economia brasileira divulgados na sexta-feira e que mostraram recuperação dos investimentos também ajudam a dar o tom mais otimista.

Apesar da melhora no humor, a volatilidade deve prevalecer no curto prazo, de olho na movimentação para emplacar a votação em primeiro turno na Câmara ainda em 2017. Segundo operadores, o receio é que se o processo for totalmente adiado para 2018, ano eleitoral, a dificuldade de aprovar a reforma será maior.

O bom humor na sessão também ganhou respaldo do cenário externo após o Senado dos EUA aprovar no sábado uma ampla reforma tributária, numa vitória para o presidente Donald Trump. Esta deve ser a maior reforma tributária do país desde a década de 1980, com republicanos querendo aumentar a dívida nacional de 20 trilhões de dólares em 1,4 trilhão ao longo de 10 anos para financiar as mudanças, que dizem que vai impulsionar ainda mais uma economia.

Destaques

- VALE ON subiu 3,8 por cento, após os fortes ganhos dos contratos futuros do minério de ferro na China, devido a cortes de produção ordenados por Pequim, que têm gerado uma oferta restrita de alguns produtos.

- USIMINAS PNA avançou 1,13 por cento, GERDAU PN teve alta de 2,17 por cento e CSN ON ganhou 1,21 por cento, também na esteira dos ganhos dos contratos futuros de minério de ferro e de aço na China.

- BRADESCO PN subiu 1,72 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN teve alta de 1,48 por cento, em sessão positiva para o setor bancário. SANTANDER UNIT ganhou 3,69 por cento e BANCO DO BRASIL ON avançou 2,44 por cento.

- PETROBRAS PN caiu 0,83 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 0,12 por cento, em sessão negativa para os preços do petróleo no mercado internacional.

- EZTEC ON avançou 8,51 por cento, após a empresa anunciar pagamento de dividendo extraordinário.

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