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Ibovespa sobe após avanço de reforma trabalhista e de olho em TSE

Às 11:28, o índice da bolsa brasileira subia 0,93 por cento, a 63.539,394877 pontos. O giro financeiro era de 1,47 bilhão de reais

B3: cenário político chamava a atenção dos investidores nesta quarta-feira (Facebook/B3/Reprodução)

B3: cenário político chamava a atenção dos investidores nesta quarta-feira (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 7 de junho de 2017 às 11h51.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista trabalhava no azul nesta quarta-feira, após o avanço da reforma trabalhista no Congresso Nacional e de olho no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vai decidir o futuro de Michel Temer na presidência.

Às 11:28, o Ibovespa subia 0,93 por cento, a 63.539,394877 pontos. O giro financeiro era de 1,47 bilhão de reais.

Na véspera, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado concluiu, com placar apertado e sem nenhuma alteração, a votação da reforma trabalhista, que ainda precisará passar por outras comissões da Casa antes de seguir ao plenário.

O avanço é bem recebido pelo mercado, que mantém a expectativa no andamento das reformas, a despeito da crise que atinge o Planalto desde a divulgação de conversa entre Temer e um dos sócios da JBS. No entanto, o placar apertado desperta alguma cautela quanto às dificuldades que devem ser encontradas à frente.

"Ainda que a aprovação seja um alento, o placar acirrado, além do cronograma apertado, reitera a percepção de que uma aprovação definitiva não será nada fácil", escreveram analistas da corretora Coinvalores em nota a clientes.

Nesta quarta-feira, o TSE continua o julgamento da chapa Dilma-Temer. Pela manhã, o ministro Herman Benjamin, relator do processo, rejeitou os argumentos apresentados pelas defesas da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Temer de que ele não poderia tomar o depoimento de executivos e delatores da Odebrecht.

Destaques

- Smiles ON subia 5,81 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, após a operadora de programas de fidelidade informar que será incorporada pela Webjet. GOL PN, controladora da Smiles e que não faz parte do Ibovespa, ganhava 5,99 por cento.

- Petrobras PN avançava 0,83 por cento e Petrobras ON tinha alta de 1,07 por cento, na contramão da queda nos preços do petróleo no mercado internacional.

Como pano de fundo estavam os recentes anúncios na direção de mais governança e melhora no perfil da dívida, além da aprovação de nova política de preços para gás doméstico, o que implicará em um aumento médio nas refinarias de 6,7 por cento este mês.

- Vale PNA subia 0,68 por cento e Vale ON avançava 1 por cento, em linha com o movimento dos futuros do minério de ferro na China.

- Itaú Unibanco PN ganhava 1,92 por cento, enquanto Bradesco PN tinha alta de 1,57 por cento, reforçando o viés altista do Ibovespa devido ao peso desses papéis em sua composição. A sessão era positiva para o setor bancário como um todo, com Santander UNIT avançando 0,85 por cento e Banco do Brasil ON em valorização de 1,8 por cento.

- Usiminas PNA tinha alta de 1,76 por cento, após sua controlada Mineração Usiminas (Musa) e a Porto Sudeste encerrarem um litígio sobre serviços portuários que havia dado origem a uma arbitragem na Câmara de Comércio Brasil-Canadá. Pelo acordo, a Musa receberá 62,5 milhões de dólares. Segundo analistas do BTG Pactual, a entrada de recursos neste momento era inesperada e não estava no preço, o que faz com que seja bem recebida por investidores.

- Natura ON caía 1,61 por cento, entre os destaques negativos do Ibovespa, após o UBS cortar a recomendação dos papéis para "venda" ante "neutra".

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