Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão foi de 5,2 bilhões de reais (Alexandre Battibugli/EXAME)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 17h29.
São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em seu maior nível em mais de duas semanas nesta quinta-feira, com o mercado se ajustando à decisão do banco central dos Estados Unidos de reduzir o ritmo de suas compras de ativos para 75 bilhões de dólares ao mês.
O Ibovespa avançou 2,12 por cento, a 51.633 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,2 bilhões de reais. Somente seis das 72 ações do índice recuaram.
Na véspera, depois do fechamento das negociações na Bovespa, o Federal Reserve anunciou o primeiro corte em seu programa de apoio à economia norte-americana, sinalizando melhora na perspectiva para a economia e o mercado de trabalho.
O Fed também sugeriu que a principal taxa de juros dos EUA continuará baixa por mais tempo que o prometido.
"A esperada decisão... agradou o mercado, que considerou a retirada dos 10 bilhões de dólares a partir de janeiro um bom sinal de que as medidas acontecerão de forma gradual, sem assustar os investidores", afirmaram analistas da Planner, em relatório.
"O fato de o governo norte-americano não ter alterado a taxa de juros ameniza também o risco de fuga dos investidores dos mercados emergentes", completaram.
Especialistas afirmaram ainda que a decisão do Fed de cortar os estímulos remove um importante elemento de incerteza do mercado.
Assim, o Ibovespa se ajustou nesta sessão à alta dos mercados norte-americanos na véspera, quando atingiram novas máximas históricas.
No lado corporativo, Petrobras e Vale deram os maiores impulsos ao Ibovespa.
Ações de siderurgia como Usiminas e CSN também subiram forte. Fontes afirmaram à Reuters que a Usiminas negocia um aumento de preços junto a distribuidoras em janeiro, que, segundo uma delas, pode ser de 6 por cento em média. A CSN também está tentando implementar um ajuste, disseram as fontes.
Eletropaulo teve novamente a maior alta do Ibovespa, depois de registrar forte alta nos últimos dois pregões.
A ação da distribuidora de energia teve valorização de 16,94 por cento na quarta, em meio à cobertura de posições vendidas de investidores. Na terça, o papel também subiu, depois de decisões da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre a revisão tarifária e indenização a consumidores, esta última em condições melhores que as esperadas pelo mercado.
Os papéis da operadora Oi e da Prumo, ex-LLX, também apareceram entre as altas mais expressivas.
Atualizado às 18h28min de 19/12/2013, para adicionar informações do fechamento do mercado.