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Ibovespa sobe 0,53% com menos aversão a risco no exterior

No exterior, a sessão de ganhos para commodities como petróleo e minério de ferro ajudou a garantir o tom positivo do mercado

Ibovespa: "Hoje é um dia sem muitas notícias e o destaque é mesmo o desempenho das commodities" (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 18h39.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista subiu nesta segunda-feira, amparado no cenário de menor aversão a risco no exterior após registrar a maior queda semanal desde maio, enquanto a cautela com o cenário político local limitou o ímpeto dos negócios.

O Ibovespa fechou em alta de 0,53 por cento, a 74.310 pontos. O giro financeiro somou 9,22 bilhões de reais.

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No exterior, a sessão de ganhos para commodities como petróleo e minério de ferro ajudou a garantir o tom positivo do mercado acionário local, dando respaldo aos movimentos de papéis como Petrobras e Vale.

"Hoje é um dia sem muitas notícias e o destaque é mesmo o desempenho das commodities, que ajudou os emergentes", disse o diretor de operações da corretora Mirae Pablo Spyer.

Localmente, investidores seguem atentos às articulações do governo para avançar sua agenda de reformas, principalmente a da Previdência, com receios de que a proximidade com as eleições majoritárias no próximo ano prejudique o andamento.

"A base rebelde e pouco disposta a colocar a digital em medidas impopulares em ano pré-eleitoral vai colocar o governo em saia justa em relação a ajuste fiscal", escreveram mais cedo analistas da corretora Lerosa Investimentos.

Destaques

- BB SEGURIDADE ON ganhou 3,59 por cento, após reportar lucro líquido de 1,2 bilhão de reais no terceiro trimestre, alta de 20,7 por cento ante igual período de 2016. Para a equipe da XP Investimentos, a rentabilidade sobre o capital segue elevada e se traduzindo também em previsibilidade e alto retorno através de dividendos.

- ELETROBRAS ON subiu 5,28 por cento e ELETROBRAS PNB ganhou 5,4 por cento, em meio a expectativas sobre o processo de privatização. Nos cinco pregões anteriores, a ação ON acumulou queda de 16 por cento. No radar, a notícia de que o governo manterá poder de veto em alguns temas estratégicos na Eletrobras mesmo após a privatização da companhia, por meio de uma golden share, e que a modelagem da privatização será via projeto de lei e não medida provisória, mas com o compromisso do presidente da Câmara de acelerar a tramitação do projeto, que deve ser votado em regime de urgência.

- VALE ON avançou 2,39 por cento, em sessão de ganhos para os contratos futuros do minério de ferro na China, que avançaram 6,1 por cento.

- USMINAS PNA teve alta de 6,23 por cento, CSN ON ganhou 5,26 por cento e GERDAU PN avançou 1,67 por cento, também ganhando respaldo do movimento de alta dos contratos futuros de minério de ferro e de aço na China.

- PETROBRAS PN subiu 2,89 por cento e PETROBRAS ON ganhou 2,2 por cento, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- BANCO DO BRASIL ON caiu 0,81 por cento, reagindo à notícia do jornal Valor Econômico, de que o banco pode precisar devolver recursos ao Tesouro.

- FIBRIA ON caiu 5,47 por cento e SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA perdeu 4,98 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, com a queda do dólar abrindo espaço para ajuste nos papéis após altas recentes. Apenas nos três pregões anteriores, as ações da Fibria acumularam alta de 3,8 por cento, enquanto as da Suzano subiram 6,45 por cento no período.

- OI ON e OI PN caíram 6,79 e 6,33 por cento, respectivamente. No radar, a decisão da Agência Anatel de exigir ser consultada sobre decisões da operadora em recuperação judicial. A Anatel mandoua Oi se abster de assinar a proposta de apoio ao plano de recuperação judicial aprovado pelo conselho no dia 3, "antes da apreciação da minuta pelo conselho da Anatel".

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