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Ibovespa sobe 0,43% com expectativa sobre reforma da Previdência

Segundo analistas, a renúncia do ministro das Cidades pode facilitar uma reforma ministerial e agilizar o trâmite para a reforma da Previdência

B3: o ministro das Cidades, Bruno Araújo, pediu demissão nesta segunda-feira (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o ministro das Cidades, Bruno Araújo, pediu demissão nesta segunda-feira (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 18h55.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou no azul nesta segunda-feira, ganhando força perto do fim do pregão, com o pedido de demissão do ministro das Cidades reacendendo a expectativa de que a reforma ministerial seja antecipada e dará fôlego para o trâmite da reforma da Previdência.

O Ibovespa fechou em alta 0,43 por cento, a 72.475 pontos. O giro financeiro do pregão somou 8,05 bilhões de reais.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, pediu demissão nesta segunda-feira, na primeira baixa tucana do governo do presidente Michel Temer.

Segundo analistas, a medida pode facilitar a acomodação da reforma ministerial e, consequentemente, agilizar o trâmite para a reforma da Previdência.

Antes, o índice passou o dia trocando de sinal dentro de uma margem limitada, com investidores evitando assumir posições mais firmes diante de um noticiário mais esvaziado. O Ibovespa oscilou entre queda de 0,54 por cento e alta de 0,79 por cento.

"Algumas articulações até começam a dar a impressão que o governo talvez consiga o número mínimo de votos (para aprovar a reforma da Previdência). Mas é muito incerto ainda e a bolsa fica meio de lado", disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos.

De forma geral, o mercado segue com uma visão mais otimista para o mercado acionário no longo prazo, mesmo diante da fraqueza recente que tirou o Ibovespa das máximas históricas em meados do mês passado.

A Coinvalores calcula que o índice pode chegar a 91 mil pontos em 12 meses, levando em consideração o preço-alvo das ações de empresas que compõem o índice. No cenário macro, o estudo considera uma reforma enxuta da Previdência, taxa básica de juros em torno de 7 por cento e crescimento da economia entre 2,5 por cento e 3 por cento em 2018.

Destaques

- RUMO avançou 5,24 por cento, liderando a ponto positiva do índice, num ajuste após acumular perda de pouco mais de 9 por cento nos dois pregões anteriores.

- B3 subiu 1,34 por cento, após reportar lucro de 445,27 milhões de reais no terceiro trimestre, excluindo efeitosnão recorrentes, um recuo ano a ano de 26,8 por cento. Para analistas do BTG Pactual, os resultados da B3 foram positivos.

- VALE ON subiu 1,13 por cento, em dia de ganhos dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- USIMINAS PNA avançou 4,07 por cento, CSN ON teve alta de 2,47 por cento e GERDAU PN ganhou 1,56 por cento, também na esteira dos ganhos dos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China.

- COSAN ON subiu 0,61 por cento, após ter subido 3,7 por cento na máxima. No radar estavam os dados para o terceiro trimestre com números que, segundo analistas do Credit Suisse, superaram as estimativas. O lucro líquido da empresa de infraestrutura e energia somou 499,7 milhões de reais, alta de 53,4 por cento sobre um ano antes.

- PETROBRAS PN caiu 0,48 por cento e PETROBRAS ON perdeu 0,29 por cento, em sessão sem rumo único para os preços do petróleo no mercado internacional.

- RENOVA ENERGIA UNIT caiu 11,53 por cento, após a canadense Brookfield apresentar proposta vinculante para comprar a empresa a 6 reais por unit, sujeito a um valor adicional de 1 real por unit caso a geradora renovável tenha ajuste de preço de venda do complexo eólico Alto Sertão II. O valor ficou abaixo do preço de fechamento no pregão de sexta-feira, de 7,63 reais.

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