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Ibovespa sobe 0,36% com ajuste e destaque para Cemig

O mercado acionário tem mostrado volatilidade desde as denúncias contra Temer, com investidores monitorando os desdobramento da crise

B3: na semana, o Ibovespa acumulou queda de 2,46% (Arthur Nobre/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 2 de junho de 2017 às 18h02.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira, após duas quedas seguidas, com as ações da Cemig liderando as altas após anunciar plano de desinvestimento. No entanto, as preocupações com o cenário político seguiram no radar e limitaram o movimento de recuperação.

O Ibovespa subiu 0,36 por cento, a 62.510 pontos, após trocar de sinal algumas vezes ao longo da sessão. No melhor momento do dia, o índice subiu 0,78 por cento e recuou 0,2 por cento na mínima.

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Na semana, acumulou queda de 2,46 por cento. O volume financeiro somou 6,69 bilhões de reais.

O mercado acionário tem mostrado volatilidade desde as denúncias contra o presidente Michel Temer, com investidores monitorando os desdobramento da crise, à espera de mais clareza, inclusive, sobre a permanência de Temer no cargo.

Na próxima semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a decidir sobre a permanência de Temer no cargo por meio do julgamento de uma ação movida pelo PSDB ainda em 2014 que busca a cassação da chapa vencedora da eleição presidencial daquele ano por suposto abuso de poder político e econômico.

Também causando cautela estava o novo pedido do procurador-geral da República, na véspera, da prisão de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, no âmbito do inquérito em que ambos são investigados por suspeitas de corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa.

Segundo operadores, a eventual prisão de Loures poderia voltar a complicar a situação de Temer, diante da possibilidade de uma delação.

No exterior, investidores digeriram os dados mais amplos do mercado de trabalho nos Estados Unidos em maio.

Os números mostraram que o crescimento do emprego desacelerou em maio e os ganhos dos dois meses anteriores não foram tão fortes como anteriormente relatado, apesar de a taxa de desemprego cair para o menor nível em 16 anos, a 4,3 por cento.

Destaques

- CEMIG PN avançou 2,68 por cento, após a empresa anunciar o plano de desinvestimentos que inclui ativos que somam valor patrimonial de 6,564 bilhões de reais, incluindo o negócio de geração da controlada LIGHT ON. Os papéis da Light, que não fazem parte do Ibovespa, caíram 6,39 por cento no pregão.

- PETROBRAS PN subiu 1,79 por cento e PETROBRAS ON ganhou 1,48 por cento, devolvendo as perdas vistas mais cedo e firmando-se no azul, apesar da baixa dos preços do petróleo no mercado internacional, que cederam em meio a preocupações de que a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de abandonar um acordo de clima possa desencadear mais atividade de exploração nos Estados Unidos, piorando um excedente global. [O/R]

- VALE PNA teve variação positiva de 0,2 por cento e VALE ON ganhou 0,41 por cento, ao final de uma sessão volátil para os papéis da mineradora e marcada por ganhos para os contratos futuros do minério de ferro na China nesta sessão.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1 por cento, ajudando o tom positivo do Ibovespa devido ao peso em sua composição. Já BRADESCO PN, também de grande relevância na composição do índice, operou no sentido inverso e caiu 1,39 por cento.

- MRV ON avançou 1,23 por cento. No radar esteve o anúncio do governo de contratação de 25.664 novas unidades habitacionais no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com expectativa de geração de investimentos de 2,1 bilhões de reais.

- JBS ON caiu 3,06 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa. Os papéis da empresa têm mostrado forte volatilidade desde a delação de seus executivos, há cerca de duas semanas.

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