São Paulo - A Bovespa subia mais de 2 por cento no fim da manhã desta quinta-feira, em movimento generalizado de alta, mas com destaque para ações de estatais, após pesquisa CNI/Ibope mostrar que a aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff caiu em março.

Às 11h21, o Ibovespa subia 2,48 por cento, a 49.152 pontos. O giro financeiro do pregão era de 2,4 bilhões de reais.

A bolsa brasileira avançava timidamente logo depois do início dos negócios, mas passou a disparar, catapultada pelas ações da Petrobras, assim que foi divulgada a pesquisa. A aprovação do governo da presidente Dilma caiu para 36 por cento em março, ante 43 por cento em novembro.

Na semana anterior, especulações de que pesquisa do Ibope mostraria avanço de candidatos da oposição sobre Dilma já havia levantado a bolsa. Porém, o resultado mostrou estabilidade na corrida presidencial. "A pesquisa (desta quinta) foi um contraponto às informações da semana passada. Qualquer modificação de algum percentual que aponte a possibilidade de não reeleição do governo ajuda essas ações (de estatais)... O mercado parte da premissa de que não se pode tratar de forma pior as estatais", disse o operador de renda variável Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management.

As ações preferenciais e ordinárias da Petrobras saltavam mais de 5 por cento, enquanto a ordinária da Eletrobras avançava mais de 10 por cento. Banco do Brasil , com alta de mais de 4 por cento, também estava entre as principais valorizações.

A pesquisa CNI/Ibope deixava em segundo plano outros dados divulgados nesta quinta, como a revisão para cima do crescimento econômico dos Estados Unidos no quarto trimestre e o avanço da taxa de desemprego no Brasil em fevereiro. Apenas três das 73 ações do Ibovespa caíam às 11h25, com destaque para Oi. Nesta quinta, assembleia de acionistas da operadora de telecomunicações aprovou o plano de aumento de capital da empresa e avaliação de ativos da Portugal Telecom para o aumento de capital da Oi e a fusão entre as duas companhias. As ações da Oi caíram mais de 10 por cento na véspera, depois da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permitir que acionistas controladores votassem na assembleia desta quinta. O papel reagiu a temores de acionistas minoritários de que a avaliação dos ativos da Portugal Telecom, que estaria em um valor excessivamente alto, beneficiasse os controladores.