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Ibovespa recua com ajustes e dados fortes de emprego dos EUA

Principal índice do Bovespa caiu nesta sexta, cedendo 0,26 por cento, a 53.382 pontos após o feriado de ontem


	A divulgação dos números levou a ajustes de posições no mercado futuro de juros norte-americanos
 (Germano Luders)

A divulgação dos números levou a ajustes de posições no mercado futuro de juros norte-americanos (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 12h20.

São Paulo - O principal índice da Bovespa caía nesta sexta-feira, com ajustes às quedas de ADRs brasileiros em Nova York na véspera e após dados de emprego dos Estados Unidos reavivarem mais cedo expectativas de alta do juro norte-americano.

Às 11h40, o Ibovespa cedia 0,26 por cento, a 53.382 pontos, após não operar na quinta-feira, em razão do feriado de Corpus Christi. O volume financeiro somava 1,85 bilhão de reais.

O Departamento de Trabalho dos EUA informou que a criação de vagas fora do setor agrícola somou 280 mil em maio, maior alta desde dezembro, enquanto a taxa de desemprego ficou em 5,5 por cento.

A divulgação dos números levou a ajustes de posições no mercado futuro de juros norte-americanos, com operadores esperando que o Federal Reserve comece a elevar as taxas em outubro, enquanto, antes do relatório, pareciam convencidos de qualquer ação apenas em dezembro ou depois.

A volatilidade em Wall Street diante da divulgação dos dados afetava a amplitude das perdas locais, ora mais acentuadas, ora mais leves, com alguns papéis domésticos também sofrendo ajustes ao movimento dos ADRs do pregão da véspera, quando a Bovespa não funcionou por feriado e vários ativos de emergentes sofreram.

Destaques

Petrobras: tinha queda de cerca de 1,33 por cento nas preferencias, enquanto as ordinárias perdiam 1,08 por cento, após os ADRs (recibos de ação negociados nos EUA) da estatal recuarem ao redor de 3 por cento na véspera.

Bradesco e Itaú Unibanco recuavam 1,06 e 1 por cento, respectivamente, também corrigindo as baixas dos ADRs e reforçando as perdas.

Telefônica Brasil e TIM Participações apareciam entre os destaques negativos, com perdas superiores a 2 por cento. O setor tem estado nos holofotes com especulações sobre potenciais fusões ou aquisições.

Usiminas também chamava a atenção no índice com queda de 2,38 por cento, em dia de queda no setor siderúrgico como um todo, mas com operadores também citando reportagem da revista Exame, segundo a qual a Nippon e a Ternium, controladores da companhia, estariam avaliando acordo para dividir a empresa.

Vale não mostrava uma tendência definida para as preferenciais, que caíam 0,45 por cento no final da manhã, apesar dos preços do minério de ferro subindo para sua máxima em quase quatro meses em um rali impulsionado pela queda nos estoques nos portos chineses.

Santander Brasil saltava mais de 1,5 por cento, após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar recurso do Ministério Público Federal sobre Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o que resultará em reversão de 4,8 bilhões de reais de provisões do banco.

BRF e JBS avançavam 1,2 e 1,08 por cento, em meio ao avanço de cerca de 1 por cento do dólar ante o real após os dados dos EUA, limitando o efeito negativo da pressão vendedora sobre o Ibovespa.

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