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Ibovespa recua com ajustes a ADRs; Previdência segue no radar

Às 11:50, o Ibovespa caía 0,74 por cento, a 95.639,61 pontos

Bolsa inicia o pregão em queda nesta quinta-feira, 2 (NurPhoto/Getty Images)

Bolsa inicia o pregão em queda nesta quinta-feira, 2 (NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2019 às 10h17.

Última atualização em 2 de maio de 2019 às 12h50.

São Paulo — A bolsa paulista retornava do feriado com o Ibovespa em queda logo após a abertura do pregão desta quinta-feira, com os primeiros negócios marcados por ajustes ao movimento de ADRs (American Depositary Receipt, um instrumento que permite que os investidores comprem ações de empresas de fora do país) brasileiros na véspera, enquanto as atenções seguem voltadas para a articulação política em torno da reforma da Previdência.

O movimento também refletia frustrações de expectativas na véspera de sinalização de corte nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve.

Às 11:50, o Ibovespa caía 0,74 por cento, a 95.639,61 pontos. O volume financeiro somava 3,5 bilhões de reais.

O Fed manteve os juros na faixa de 2,25 a 2,50 por cento na quarta-feira, como esperado, e o chairman do banco central norte-americano, Jerome Powell, disse que a posição de política é apropriada para o momento e que o Fed não vê argumento forte para se movimentar em outra direção.

Para o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, tal sinalização não muda as expectativas de uma política monetária estável no horizonte relevante de tempo, mas reduzem a probabilidade das expectativas de queda nas taxas de juros, embutidas em alguns mercados.

Da cena doméstica, o noticiário em torno da reforma da Previdência continua no radar, particularmente a articulação política para o andamento da matéria, que é considerada por investidores crucial para a melhora da situação fiscal do país.

Estrategistas veem uma tramitação laboriosa do texto que muda as regras das aposentadorias, o que deve continuar adicionando volatilidade ao pregão em maio, principalmente informações sobre a potencial desidratação da proposta original do governo.

Mais cedo, a B3 divulgou a terceira e última prévia do Ibovespa que vai vigorar a partir de segunda-feira até 30 de agosto, confirmando as entradas dos papéis da Azul e do IRB Brasil, enquanto Log Commercial Properties foi excluída.

Destaques

- VALE caía 2,5 por cento, em sessão negativa para ações de mineradoras também na Europa e tendo no radar notícia de que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou ação civil pública contra a companhia cobrando a reparação integral dos danos causados na tragédia de Brumadinho, na qual foi pedido que a mineradora seja obrigada a apresentar garantias financeiras da ordem de 50 bilhões de reais.(http://bit.ly/2GVEbye)

- PETROBRAS PN tinha queda de 1,55 por cento, em movimento alinhado ao declínio dos preços do petróleo no mercado externo. No feriado, a Chevron informou ter concluído a compra por 350 milhões de dólares da refinaria de Pasadena, no Texas, da Petrobras.

- CSN perdia 2,96 por cento, capitaneando as perdas entre papéis de empresas siderúrgicas, com USIMINAS em baixa de 0,7 por cento e GERDAU PN perdendo 1,13 por cento.

- CYRELA recuava 3,4 por cento, em sessão negativa para o setor imobiliário

- CCR subia 1,8 por cento, no segundo pregão de alta após divulgação do resultado trimestral, quando indicou interesse em expansão de negócios no Brasil e no exterior, além de afirmar que não prevê ter novas despesas significativas com acordos de leniência firmados com procuradores em São Paulo e no Paraná.

- KLABIN UNIT valorizava-se 0,5 por cento, após divulgar resultado trimestral antes da abertura do pregão, com alta de 32 por cento no Ebitda ajustado em relação ao mesmo período de 2018, para 1 bilhão de reais.

- BRADESCO PN cedia 0,2 por cento, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN mostrava acréscimo de 0,6 por cento.

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