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Ibovespa quebra recorde pelo 6º pregão seguido com alta dos bancos

Índice sobe há oito pregões consecutivos e registra o sexto recorde de fechamento; Vale e Petrobras recuam

Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 7 de junho de 2021 às 17h36.

Última atualização em 7 de junho de 2021 às 18h39.

Após passar o início do pregão em queda, com investidores realizando lucros, o Ibovespa virou para o campo positivo nesta segunda-feira, 7, e fechou o dia em uma nova máxima histórica. O principal índice da B3 subiu 0,5%, para 130.776,27 pontos. Com o resultado, o Ibovespa chegou ao seu oitavo pregão de valorização consecutivo e ao sexto recorde seguido – na maior sequência positiva desde fevereiro de 2018. O índice também conquistou uma nova máxima intradiária: 131.190,3 pontos.

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A alta do Ibovespa foi impulsionada, principalmente, pelas ações dos grandes bancos, que se valorizaram neste pregão. Com a maior participação do setor no índice, os papéis do Itaú (ITUB4) avançam 2,35%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) subiu 2,15%. Bradesco (BBDC3/ BBDC4) registrou alta de 1,37% e 1,25%, respectivamente, e as units do Santander (SANB11) tiveram alta de 1,89%.

Por outro lado, ações ligadas a commodities pressionaram o índice negativamente, com os papéis da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3/PETR4), que têm as duas maiores participações no Ibovespa, encerrando o pregão em baixa. 

A Vale recuou 0,97%, após o minério de ferro fechar em queda na bolsa de Dalian, após dados da balança comercial da China, divulgados nesta madrugada, saírem abaixo das expectativas. Em maio, as exportações cresceram 27,9% na comparação anual, contra estimativas de 32,1% de alta. Já as importações aumentaram 51,1% frente ao crescimento esperado de 51,5%. 

"Quando olha no detalhe a balança comercial, percebe-se que a China está importando menos minério de ferro. Isso ao longo do tempo pode pesar um pouco nas commodities", diz Jefferson Laatus, estrategista-chefe e sócio-proprietário do Grupo Laatus.

Junto com as ações da Vale, as siderúrgicas também se prejudicaram com a desvalorização do minério de ferro. CSN (CSNA3) recuou 2,96%, enquanto Gerdau Metalúrgica (GOAU3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) tiveram perdas de 2,39%, 1,76% e 1,21%, respectivamente.

Já as ações da Petrobras acompanharam a queda do petróleo no mercado internacional. Os papéis preferenciais (PETR4) recuaram 0,74%, enquanto os ordinários (PETR3) tiveram perdas de 0,73%. Do mesmo setor, os papéis da PetroRio (PRIO3) caíram 3,90% e estiveram entre as maiores perdas do Ibovespa.

Por outro lado, as ações da Azul (AZUL4) dispararam 5,57%, com investidores otimistas com a possível aquisição da Latam. Em fato relevante recente, a direção da Azul já havia sinalizado o objetivo de se tornar uma das líderes do processo de consolidação do setor.

Dados de tráfego divulgados pela GOL (GOLL4) também contribuíram com o otimismo de investidores sobre o setor. Referente ao mês de maio, a companhia registrou aumento de 401% no número de decolagens em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa de ocupação dos voos cresceu 13,3 ponto percentual para 88%. Também entre as maiores altas da sessão, a Gol avançou 3,93%.

Passando por processo de reincorporação de sua subsidiária Smiles (SMLS3), a Gol também informou na última noite de sexta-feira, 4, que espera ganhos de sinergia de 400 milhões de reais por ano.

Dólar

Em dia fraco na agenda internacional, o dólar fechou a sessão perto da estabilidade em relação ao real, se mantendo próximo à marca dos 5 reais. A divisa americana encerrou o dia em leve alta de 0,03%, negociada a 5,037 reais.

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