Mercados

Ibovespa perde fôlego pressionado por Vale e bancos privados

Às 14h27 o Ibovespa caía 0,33%, a 74.765 pontos. O volume financeiro na bolsa somava 6,2 bilhões de reais

Ibovespa: queda das ações da Vale e dos bancos Bradesco e Itaú Unibanco PN pressionava o índice em dia de oscilações (Reprodução/Wikimedia Commons)

Ibovespa: queda das ações da Vale e dos bancos Bradesco e Itaú Unibanco PN pressionava o índice em dia de oscilações (Reprodução/Wikimedia Commons)

R

Reuters

Publicado em 10 de julho de 2018 às 14h38.

São Paulo - O Ibovespa perdeu fôlego no início da tarde desta terça-feira e oscilava em território negativo, após uma abertura mais positiva, pressionado principalmente pela queda das ações da Vale e dos bancos Bradesco e Itaú Unibanco PN.

Às 14:27, o Ibovespa caía 0,33 por cento, a 74.765 pontos. O volume financeiro na bolsa somava 6,2 bilhões de reais.

Mais cedo, no melhor momento, o Ibovespa subiu 1,18 por cento, ajudado pelo cenário externo benigno e ajustes ao movimento positivo de ADRs brasileiros (recibos de ações negociados nos EUA) na véspera, quando a bolsa brasileira ficou fechada por feriado em São Paulo.

Na visão do operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez, o mercado está sem uma direção firme, com fluxo mais fraco dado o começo das férias no hemisfério norte, mas também um noticiário misto no exterior, além das incertezas políticas no Brasil.

Apos fechar maio e junho com desempenho acumulado negativo, o Ibovespa acumula em julho acréscimo de 2,8 por cento.

Wall Street sustentava os ganhos, com o S&P 500 alcançando máxima em quatro meses, com ações de energia e resultados fortes da PepsiCo sinalizando um começo positivo para a temporada de balanços nos Estados Unidos.

DESTAQUES

- VALE tinha variação negativa de 1,35 por cento, em sessão em que os preços do minério de ferro à vista na China <.IO62-CNO=MB> ficaram praticamente estáveis.

- BRADESCO PN recuava 2 por cento, pesando no Ibovespa em razão da relevante fatia que detém no índice. ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,97 por cento.

- BRASKEM subia 6,2 por cento, liderando as altas do Ibovespa, em meio a expectativas sobre a venda da participação da Odebrecht na petroquímica. O jornal Valor Econômico informou nesta terça-feira que acordo de venda para o grupo LyondellBasell, sediado na Holanda, deve ser assinado até meados de outubro e que a Braskem pode ser avaliada em 55 bilhões de reais, sendo mais de 21 bilhões de reais pela parte da Odebrecht.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON avançavam 0,67 e 0,3 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo a alta dos preços do petróleo no exterior, com o noticiário incluindo possível parceria com a francesa Total. Na véspera, quando a B3 não abriu, os ADRs (recibo de ações negociados nos Estados Unidos) das ações preferenciais e ordinárias da petrolífera de controle estatal subiram 2,8 e 2,6 por cento, respectivamente.

- B3 tinha alta de 3 por cento, no segundo dia de alta, ajudando na trajetória positiva do Ibovespa.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON caíam 2,55 e 2,75 por cento, respectivamente. Na segunda-feira, a Justiça Federal do Rio de Janeiro concedeu liminar para suspender edital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que visa contratar empresas para fazer avaliação da Eletrobras e modelagem da privatização.

 

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3IbovespaVale

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame