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Ibovespa cai pressionado por papéis de tecnologia; Inter despenca 13%

Ações ligadas à economia global reduzem perdas, enquanto techs lideram as baixas

Painel de cotações na B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 4 de janeiro de 2022 às 10h40.

Última atualização em 4 de janeiro de 2022 às 18h26.

O Ibovespa fechou o segundo pregão do ano em queda. Nesta terça-feira, 4, o principal índice da B3 caiu reagindo à perspectiva de novas altas nas taxas de juros, em especial nos Estados Unidos. Por aqui, investidores também ficam atentos aos riscos fiscais em meio à pressão do funcionalismo público por reajustes. O que atenuou as perdas foram as ações de empresas ligadas às commodities e à economia internacional. Por outro lado, papéis de empresas de tecnologia e ligadas ao consumo local voltaram a sofrer duras perdas.

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Com perspectivas de juros mais altos e economia mais fraca em 2022, parte dos investidores têm buscado alternativas em grandes bancos e ações ligadas à atividade externa. Na ponta positiva do índice, a recém-incluída CSN Mineração (CMIN3) liderou, pelo segundo dia consecutivo, as maiores altas do dia. O papel subiu junto com as siderúrgicas após o minério de ferro ter fechado em alta de 0,7% na China.

Com parte significativa da receita em dólar, as companhias de papel e celulose Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) subiram mais de 2%. Entre os bancos, Itaú (ITUB4) teve o melhor desempenho no pregão.

Ainda na frente de commodities, as ações das petroleiras avançaram na esteira da alta do petróleo, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) chegar a um acordo para o aumento de produção de 400.000 barris por dia – em linha com o esperado.

Na ponta negativa, ações de tecnologia, com múltiplos que consideram grande expectativa de crescimento, como Banco Inter (BIDI11), Banco Pan (BPAN4) e Locaweb (LWSA3), dominaram as baixas do dia por serem alguns dos papéis que mais sofrem em cenários de juros mais altos. Além disso, no caso do Inter, os papéis reagem ao rebaixamento de outras ações brasileiras de tecnologia -- Stone e PagSeguro -- que foram rebaixadas pelo banco UBS para neutro.

O movimento refletiu o mercado americano, no qual as ações de empresas de tecnologia fecharam o dia negociadas em queda, apesar da valorização de setores mais tradicionais da economia. Em Wall Street, investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que será divulgada amanhã e pode trazer maiores pistas sobre uma possível alta dos juros. O mercadotambém repercutiu a bateria de dados sobre a atividade local, que saíram abaixo das expectativas.

Já na Europa, o clima foi de euforia, com as bolsas de Paris e Londres fechando em alta de mais de 1% e impulsionando o Stoxx 600 para nova máxima histórica.

A forte alta ocorre em meio à melhor percepção sobre os riscos econômicos da variante Ômicron, após a Alemanha ter reportado menor desemprego em dezembro, mesmo com o elevado número de novos casos de covid-19 registrados no país. No mês, a taxa de desemprego caiu de 5,3% para 5,2% ante expectativas de manutenção.

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