Mercados

Ibovespa muda de rumo e cai, pressionada por Petrobras

Pressionado pela forte queda das ações da Petrobras, a bolsa brasileira mudou de rumo com queda de 0,45%


	Chaminé em plataforma de Petróleo da Petrobras: ações preferenciais, que chegaram a subir quase 3%, caíam 2,92% e os papéis ordinários da estatal tinham 2,65% de desvalorização
 (Sérgio Moraes/Reuters)

Chaminé em plataforma de Petróleo da Petrobras: ações preferenciais, que chegaram a subir quase 3%, caíam 2,92% e os papéis ordinários da estatal tinham 2,65% de desvalorização (Sérgio Moraes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 16h16.

São Paulo - Passada a euforia do começo da manhã, quando o Índice Bovespa chegou a subir mais de 2,3%, passando dos 53 mil pontos, no começo da tarde, pressionado pela forte queda das ações da Petrobras, a bolsa brasileira mudou de rumo.

Por volta das 14h14, o Ibovespa caía 0,45%, recuando para os 51.919 pontos. As ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras, que chegaram a subir quase 3%, caíam 2,92% e os papéis ordinários (ON, com voto) da estatal tinham 2,65% de desvalorização.

Além de um possível movimento de correção após os fortes ganhos de ontem, outra influência negativa para o mercado local são as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global divulgadas hoje.

A instituição reduziu a expectativa de crescimento mundial em relação a janeiro, de 3,7% este ano para 3,6% e de 4% para 3,9% em 2015. Para o Brasil, a projeção de crescimento sofreu mais e caiu de 2,3% para 1,8% este ano, e de 2,9% para 2,7% no ano que vem. Uma redução de 0,5 ponto e 0,2 ponto, respectivamente em relação à projeção de janeiro.

A expectativa do FMI é que a melhora dos países desenvolvidos, que aumentaria as exportações de emergentes como o Brasil, será anulada pelos preços das commodities em baixa, condições financeiras internacionais mais apertadas e gargalos em algumas economias.

A recomendação feita no relatório do fundo é que os governos do Brasil e outros da América Latina reforcem seu ajuste fiscal, reduzam suas fragilidades financeiras e promovam reformas estruturais para ampliar o crescimento.

Maiores altas e quedas

As ações PNA da Usiminas lideravam as quedas do Ibovespa, perdendo 5,39%. Na sequência vinham Usiminas ON (-5,16%), Braskem PNA (-3,25%), Suzano PNA (-3,04%) e Petrobras PN (-2,92%).

As maiores altas eram de papéis do setor de construção civil, com PDG ON subindo 6,58%, Gafisa ganhando 4,40% e Cyrela com alta de 4,03%. Outras altas de destaque eram de Oi PN (+3,03%), Natura ON (+2,51%) e Oi ON (+2,33%).

Bolsas americanas também viram

No mercado americano, os principais índices de ações fazem o caminho inverso ao do Ibovespa. Depois de abrir em queda, o Índice Nasdaq, de empresas do setor de tecnologia, sobe 0,73%. O S&P 500, que operava estável, avança 0,25% e o Dow Jones, que também tinha perdas, agora ganha 0,10%.

Na Europa, perto do fechamento, os principais índices de ações operam em queda, após notícias de aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia. O índice regional Euro Stoxx 50 caía 0,26% e o Financial Times, da Bolsa de Londres, tinha 0,49% de desvalorização. O CAC, da Bolsa de Paris, recuava 0,25% e o DAX, de Frankfurt, perdia 0,21%.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasIbovespaMercado financeiroservicos-financeiros

Mais de Mercados

Dólar vai subir mais? 3 fatores que explicam para onde vai a moeda

Dólar chega aos R$ 5,70 com mercado repercutindo falas de Lula

Cinco ações para investir no 2º semestre de 2024, segundo o BTG Pactual

Ibovespa tem leve alta, mas dólar volta a fechar na máxima do ano com Campos Neto e Lula no radar

Mais na Exame