O Ibovespa renovou seus recordes pelo segundo pregão consecutivo, e fechou a segunda-feira, 31, na máxima, em alta de 0,52%, aos 126.215,73 pontos. Com o resultado, o principal índice da B3 encerra o mês de maio com alta acumulada de 6,16% e já avança 6,05% no ano. Foi o quarto pregão consecutivo de alta no Ibovespa.

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A bolsa brasileira foi favorecida pela alta do minério de ferro em um dia em que as bolsas de Nova York estiveram fechadas devido ao feriado nacional em homenagem aos militares do país. Sem os maiores atores do mercado financeiro mundial, o pregão de hoje na B3 teve menor volume de negociação.

As ações mais negociadas do dia foram as da Vale (VALE3), que sozinhas representam 12% do índice. Os papéis avançaram 2,86% no pregão desta segunda, acompanhando os ganhos do minério de ferro, que avançou 4,4% no porto de Qingdao, para 198,83 dólares por tonelada.

As siderúrgicas também se beneficiaram e fecharam o dia em alta. CSN (CSNA3) subiu 0,63%, Gerdau (GGBR4) avançou 0,83% e Usiminas (USIM5) registrou ganhos de 0,59%.

A apreciação do metal ocorreu após ter passado por forte desvalorização nas últimas semanas,  quando o governo chinês intensificou as medidas para tentar controlar seu preço. Nem mesmo os novos sinais de desaceleração da indústria chinesa contiveram a alta do minério de ferro.

Divulgado na última noite, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China de maio para 51 pontos ante os 51,1 pontos registrados em abril. Este foi o segundo mês consecutivo de declínio da pontuação, ainda que acima da linha dos 50 pontos que divide a expansão da contração da atividade econômica,. 

Além do minério de ferro, o petróleo também subiu, com investidores à espera da reunião da OPEP+, que será realizada nesta terça-feira, 1. Apesar da valorização da commodity, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) foram negociadas em queda de 0,23% e 0,45%. Os investidores aproveitaram o pregão para realizar lucros, após os papéis terem subido mais de 5% no último pregão, depois que o JP Morgan aumentou o preço-alvo para os papéis.

Destaques

Na bolsa, as ações da Cosan (CSAN3) lideraram as altas do Ibovespa, subindo 6,62%, após a empresa informar que a Atmos Capital, por meio de seus fundos de investimentos, vai investir 810 milhões de reais na Compass, subsidiária da Cosan que atua na área de gás natural.

Na ponta negativa, ficaram os papéis que podem ser mais prejudicados pela crise hídrica no país. É esperado que o país enfrente, nos próximos meses, a pior seca dos últimos 111 anos, o que derrubou as ações de empresas elétricas, como Equatorial (EQTL3) e CESP (CESP6), que registraram quedas de 2,71% e 0,41%, respectivamente.

Por outro lado, as ações da Eneva (ENEV3) subiram 4,59%. A empresa tem grande exposição a termoelétricas, que devem ser mais requisitadas, enquanto as hidrelétricas devem ser as mais atingidas.

No entanto, Ilan Arbetman, analista da Ativa, pondera que a situação pode levar ao encarecimento de insumos das termoelétricas, apesar da maior demanda esperada. "Ainda não se sabe quanto ao custo do carvão ou do gás natural. Pode ter um aumento expressivo", diz.

Outro destaque negativo do dia foram os papéis da Sabesp (SBSP3), que recuam 2,08% após uma queda de 4,74% na sexta-feira. O movimento das as ações ainda repercute a notícia de que o governo de São Paulo não deve priorizar a privatização ou capitalização da empresa. O secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado, Marcos Penido, disse na última sexta-feira que a prioridade da gestão agora é a universalização de serviços.

Fora do Ibovespa, as ações da Dotz (DOTZ3) estrearam em alta mas encerraram o dia no zero a zero, após terem disparado mais de 13% durante o pregão. Em oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), suas ações foram precificadas no piso da faixa indicativa, de 13,20 reais.

Maiores altas				Maiores quedas
Cosan	CSAN3	6,62%		Braskem	BRKM5	-3,23%
Eneva	ENEV3	4,59%		Equatorial	EQTL3	-2,71%
Raia Drogasil	RADL3	3,11%		Iguatemi	IGTA3	-2,61%

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