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Ibovespa resiste ao exterior e fica estável; Siderúrgicas caem

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que seu governo vai impor tarifas de 25 e 10% nas importações de aço e alumínio, respectivamente

B3: o movimento de cautela também ganhou respaldo das preocupações com a alta de juros pelo Fed (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o movimento de cautela também ganhou respaldo das preocupações com a alta de juros pelo Fed (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 1 de março de 2018 às 18h48.

Última atualização em 1 de março de 2018 às 19h57.

São Paulo  - O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta quinta-feira, passando para território positivo nos ajustes, em sessão que teve as ações de empresas siderúrgicas como destaques negativos, após o presidente dos Estados Unidos anunciar que vai tarifar as importações de aço no país.

O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,03 por cento, a 85.377 pontos, após subir pouco mais de 1 por cento na máxima e cair 0,84 por cento na mínima do dia. O giro financeiro somou 12,2 bilhões de reais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que seu governo vai impor tarifas de 25 e 10 por cento nas importações de aço e alumínio, respectivamente, na próxima semana.

"Essa campanha de restrição de importação pelos EUA é ruim para mercados emergentes porque todos os países que exportam para lá e têm superávits que impulsionam suas economias podem sofrer algum impacto", disse um analista de uma corretora nacional.

O movimento de cautela também ganhou respaldo das preocupações com a alta de juros pelo Federal Reserve, banco central dos EUA, após o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, em visita ao Brasil, afirmar que quatro altas de juros nos EUA configurariam um aperto "gradual" da política monetária. Mais cedo, o chair do Fed, Jerome Powell, afirmou que não há evidências de que a economia dos Estados Unidos está superaquecendo.

Localmente, dados divulgados nesta quinta-feira mostraram que a economia brasileira ficou praticamente estagnada no final de 2017, com expansão de 0,1 por cento no quatro trimestre ante os três meses anteriores. Sobre o quarto trimestre de 2016, o crescimento foi de 2,1 por cento. Pesquisa Reuters apontava alta de 0,4 por cento do PIB no quarto trimestre de 2017 em relação ao terceiro e de 2,5 por cento sobre um ano antes.

Destaques

- USIMINAS PNA caiu 4,22 por cento e CSN ON perdeu 4,43 por cento, pressionadas com a notícia de tarifa de importação de aço nos EUA. GERDAU PN foi na contramão e subiu 3,19 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, já que tem atuação nos EUA e terá menos impacto negativo das medidas.

- ECORODOVIAS ON teve queda de 8,16 por cento e liderou as perdas do índice, em meio receios de envolvimento de concessionárias em corrupção.

- VALE ON caiu 1,33 por cento, anulando a tentativa de recuperação vista mais cedo, quando a ação chegou a subir cerca de 1,3 por cento na máxima, e engatando a terceira sessão negativa após perdas de 4,8 por cento apenas na véspera.

- PETROBRAS PN caiu 2 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 1,64 por cento, em dia de perdas para os preços do petróleo no mercado internacional.

- AMBEV ON subiu 1,55 por cento, depois de reportar alta de 23,2 por cento no lucro líquido ajustado do quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo desempenho de venda de cervejas no Brasil.

- FLEURY ON subiu 0,66 por cento, antes da divulgação do resultado da empresa, que saiu após fechamento do mercado nesta quinta-feira.

- ITAÚ UNIBANCO PN teve alta de 1,49 por cento e BRADESCO PN ganhou 0,57 por cento, ajudando a segurar o índice no azul devido ao peso em sua composição.

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