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Ibovespa fecha em queda pelo 3º dia seguido

O Ibovespa fechou em queda contaminado pela cena externa desfavorável


	Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: o Ibovespa caiu 0,85 por cento, a 50.132 pontos
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: o Ibovespa caiu 0,85 por cento, a 50.132 pontos (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 18h32.

São Paulo - A Bovespa fechou no vermelho pelo terceiro pregão seguido nesta quinta-feira, contaminada pela cena externa desfavorável, conforme investidores seguiram digerindo as recentes mensagens do Federal Reserve no sentido de uma alta dos juros mais cedo do que vinha sendo precificado pelo mercado financeiro.

O Ibovespa caiu 0,85 por cento, a 50.132 pontos. O volume financeiro do pregão somou 6,1 bilhões de reais. No pior momento do dia, o Ibovespa recuou 1,9 por cento, abaixo dos 50 mil pontos.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa, embora longe das mínimas do dia, diante da chance de o banco central dos Estados Unidos promover um aperto monetário no próximo mês. Na véspera, a ata da última reunião de política monetária do Fed mostrou que a maioria dos membros da instituição julgou ser apropriado elevar os juros em junho se dados econômicos seguirem consistentes com um cenário recuperação no segundo trimestre. Nesta sessão, um membro do Fed endossou a aposta ao afirmar que era razoável a expectativa de uma alta em junho ou julho.

Na visão do analista-chefe da corretora Walpires, Angelo Larozi, a Bovespa passa por um movimento de realização de lucros este mês guiado pelos investidores estrangeiros, que também estiveram por trás dos ganhos de fevereiro a abril.

Em maio, a Bovespa acumula saldo negativo de 1,2 bilhão de reais no capital externo na Bovespa, após entradas líquidas nos três meses anteriores.

Para Larozi, a saída dos estrangeiros coincide com expectativas sobre as ações do Fed, mas também com alguma cautela com a cena política brasileira, se o governo conseguirá aprovar medidas necessárias para resolver sua situação fiscal e retomar o crescimento.

DESTAQUES

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em baixa de 3,86 por cento, tendo como pano de fundo a fraqueza do petróleo -embora a commodity tenha quase zerado as perdas- e incerteza acerca da possível troca do comando da estatal.

- VALE encerrou com as preferenciais em queda de 1 por cento, na esteira da fragilidade dos preços de commodities, embora os papéis ordinários da mineradora tenham encerrado com acréscimo de 1,22 por cento.

- USIMINAS perdeu 7,39 por cento, em sessão negativa para o setor siderúrgico como um todo, afetado pela debilidade dos preços de metais. CSN perdeu 4,61 por cento. As siderúrgicas acumulam ganhos de 2 dígitos em 2016.

- ITAÚ UNIBANCO caiu 0,85 por cento e BRADESCO cedeu 2,07 por cento, contaminados pelo viés negativo no mercado. O Bradesco BBI cortou a recomendação do Itaú para "neutra", enquanto o UBS cortou para "venda" BANCO DO BRASIL, que caiu 2,37 por cento.

- QUALICORP subiu 5,41 por cento, na segunda sessão de alta expressiva em três pregões seguidos de alta. O BTG Pactual elogiou em relatório nesta semana a eficiência da empresa de planos de saúde coletivos.

- LOCALIZA avançou 1,8 por cento, com comentários favoráveis de analistas após conferência do presidente-executivo da empresa de aluguel de veículos e gestão de frotas, citando que está focando em eficiência e aumento da participação de mercado.

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