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Ibovespa fecha em queda guiada por GPA e Bradesco

O principal índice da Bovespa fechou em queda marcada pela repercussão de balanços corporativos


	BM&FBovespa: o Ibovespa caiu 0,33 por cento, a 56.667 pontos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

BM&FBovespa: o Ibovespa caiu 0,33 por cento, a 56.667 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2016 às 18h29.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta quinta-feira, marcada pela repercussão de balanços corporativos, com as ações do Grupo Pão de Açúcar e do Bradesco desabando após dados e perspectivas decepcionantes, enquanto Natura disparou com sinais melhores sobre vendas.

O Ibovespa caiu 0,33 por cento, a 56.667 pontos. O volume financeiro somou 7,15 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, os pregões fecharam sem uma direção única, com o S&P 500 avançando 0,16 por cento, apesar de resultados decepcionantes da Ford, e antes da divulgação dos resultados das gigantes de tecnologia Alphabet e Amazon.

DESTAQUES

- GRUPO PÃO DE AÇÚCAR desabou 10,41 por cento, maior queda diária desde janeiro de 1999, em meio à repercussão negativa do resultado do segundo trimestre, com prejuízo de 583 milhões de reais, ante resultado negativo de 13 milhões de reais registrado pela maior rede varejista do país no mesmo período do ano passado.

- BRADESCO caiu 4,45 por cento, maior queda em quase dois meses, com a reação negativa ao resultado do segundo trimestre e à piora de algumas previsões para o ano, além da notícia de que o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, virou réu no âmbito da operação Zelotes.

- BANCO DO BRASIL recuou 3,77 por cento, pressionado pelo resultado do Bradesco. De acordo com o BTG Pactual, os dados de provisões do Bradesco relacionados à empresa Sete Brasil são uma notícia ruim para o BB, que pode precisar também elevar tais provisões envolvendo a empresa.

- VALE fechou com as preferenciais em queda de 0,8 por cento, enquanto as ordinárias subiram 0,63 por cento, diante do resultado do segundo trimestre considerado forte por analistas, embora de modo geral em linha com o esperado, com Ebitda ajustado somando 8,341 bilhões de reais, alta anual de 22 por cento.

- SMILES caiu 4,24 por cento, após a administradora de programas de fidelidade informar na quarta-feira que seu vice-presidente financeiro e de relações com investidores, Flavio Vargas, deixou o cargo. O Credit Suisse disse a saída do executivo não era esperada.

- NATURA saltou 10,13 por cento, maior alta diária desde novembro de 2015, após resultado do segundo trimestre ainda fraco, mas com alguns analistas enxergando sinais positivos para as vendas da fabricante de cosméticos, que encerrou o período com lucro de 90,9 milhões de reais. Operações no mercado de aluguel de ações ajudaram a ampliar os ganhos dos papéis.

- USIMINAS fechou em alta de 2,42 cento, com agentes financeiros repercutindo o balanço do segundo trimestre, que teve redução no prejuízo e incremento na geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em baixa de 0,61 por cento e as ações ordinárias recuando 1,91 por cento, tendo como pano de fundo a queda nos preços do petróleo.

Texto atualizado às 18h28
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