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Ibovespa fecha em queda e renova mínima desde 2009

A Bovespa fechou no vermelho, em um movimento de ajuste à queda de ADRs brasileiras na véspera em Nova York


	BM&FBovespa: o Ibovespa caiu 1,4 por cento, a 37.497 pontos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

BM&FBovespa: o Ibovespa caiu 1,4 por cento, a 37.497 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 17h46.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice no vermelho nesta terça-feira, na volta do feriado paulistano, pressionado por ajustes a quedas de ADRs brasileiros na véspera, principalmente o recuo das ações da Petrobras, apesar da trégua do petróleo.

Também pesou o tombo de JBS, após denúncia contra executivos da holding por crime contra o sistema financeiro.

O Ibovespa caiu 1,4 por cento, a 37.497 pontos, renovando mínima desde 9 de março de 2009.

O volume financeiro do pregão somou 4,79 bilhões de reais. Na segunda-feira, a bolsa paulista não funcionou por feriado na cidade de São Paulo, enquanto em Wall Street os ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) de várias empresas nacionais caíram, entre eles os da Petrobras.

As ações chinesas despencaram mais de 6 por cento e bateram a mínima em 14 meses diante de persistentes preocupações sobre o crescimento economia e o ritmo da atividade global.

As bolsas em Nova York, contudo, mostraram recuperação, em meio a safra de balanços e na esteira da trégua do petróleo, com as cotações da commodity tendo fortes ganhos. O S&P 500 avançava cerca de 1 por cento.

DESTAQUES

- JBS desabou 7,33 por cento, após o Ministério Público Federal em São Paulo denunciar executivos da holding J&F e do Banco Rural por crime contra o sistema financeiro nacional. A equipe do Bradesco BBI, em comentário a clientes, afirmou que a notícia é negativa, embora a empresa de alimentos JBS não esteja envolvida e o valor da operação citada de 80 milhões de reais é pequeno ante o tamanho do grupo.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em baixa de 4,76 por cento, após quedas fortes de seus ADRs na segunda-feira, o que ofuscou a alta nos preços dos contratos do petróleo no exterior. A Justiça também mandou a companhia sustar a venda da sua subsidiária Gaspetro à japonesa Mitsui. Analistas do HSBC cortaram o preço-alvo da ação PN da Petrobras de 8 para 5 reais e reiteraram recomendação manter, argumentando que seguem cautelosos com a dívida da empresa.

- VALE fechou com as preferenciais PNA em alta de 1,34 por cento. A empresa obteve liminar suspendendo a interdição no porto de Tubarão, enquanto analistas do UBS avaliaram que faria sentido uma eventual redução na qualidade do minério de ferro da companhia.

- ITAÚ UNIBANCO também se recuperou e fechou com alta de 1,07, em dia de perdas do setor bancário. Também no radar esteve parecer da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), recomendando ao Tribunal do órgão barrar joint venture com a Mastercard.

- BR MALLS caiu 2,04 por cento, em meio à repercussão dos números operacionais da administradora de shopping centers. Para a Brasil Plural, os resultados mostraram o impacto severo do atual ambiente macroeconômico, principal preocupação para o setor.

- KROTON EDUCACIONAL subiu 3,36 por cento, em meio a expectativas pela abertura das inscrições do programa federal de financiamento estudantil Fies. ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES perdeu 2,82 por cento. SER EDUCACIONAL, fora do Ibovespa, saltou 12 por cento. ANIMA EDUCAÇÃO ganhou 1,48 por cento, dada a maior exposição ao programa, que prevê 250 mil vagas ao todo para o primeiro semestre de 2016. Especulações sobre fusões no setor de educação também influenciaram a Ser.

- ELETROBRAS viu a ação ordinária cair 6,15 por cento, diante da apreensão com possível capitalização de 5,9 bilhões de reais da companhia neste ano. Uma fonte da empresa com conhecimento do assunto disse que a estatal projeta iniciar a privatização das distribuidoras no Norte e Nordeste em 2017, com o foco neste ano em viabilizar a capitalização das empresas. Também pesou o adiamento de decisão da Aneel sobre o pedido da Celg-D, da Eletrobras, para repactuar uma dívida de 450,3 milhões de dólares com Itaipu.

Texto atualizado às 18h45
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