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Ibovespa fecha em queda com Vale e cena externa desfavorável

O índice fechou em queda de 0,53% devido o quadro externo desfavorável e com asções de bancos e da Vale guiando as perdas


	Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,53%, a 53.946 pontos
 (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,53%, a 53.946 pontos (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2015 às 19h26.

São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta quinta-feira, afetada pelo quadro externo desfavorável, com as ações de bancos e da Vale guiando as perdas antes do rebalanceamento semestral do índice acionário MSCI Brasil.

O Ibovespa caiu 0,48 por cento, a 53.976 por cento. O volume financeiro somou 5,4 bilhões de reais.

A ausência de um acordo entre Grécia e os credores internacionais e o tombo na bolsa da China, em meio ao aumento de margens em operações com ações, minaram o humor no ambiente financeiro ao longo do dia.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em queda de 0,13 por cento, após recuar 0,5 por cento na mínima do dia. A bolsa paulista também se afastou das mínimas na segunda etapa do dia, em meio ao fortalecimento dos papéis da Petrobras, bem como a aprovação de nova medida visando o ajuste das contas públicas e divulgação de dados fiscais.

Agentes financeiros, contudo, seguem cautelosos quanto à formatação do esforço fiscal, com peso maior no aumento da carga tributária do que no corte de gastos. O rebalanceamento do índice MSCI Brasil, que passa a vigorar no fechamento da sexta-feira, também esteve no radar, já que afeta o ETF (Exchange Traded Fund, fundo de índice) do MSCI de Brasil e outros fundos que espelham o índice. Em meados do mês, o MSCI informou que no rebalanceamento Bradespar, Gerdau Metalúrgica e Eletrobras ON serão excluídos do índice, e que o peso de outros papéis serão alterados.

O Credit Suisse afirmou em nota a cliente pela manhã que, no total, o rebalanceamento deve totalizar saída líquida acima de 200 milhões de dólares da bolsa brasileira.

DESTAQUES

=VALE passou por forte ajuste de baixa, com as preferenciais caindo 2,16 por cento, após cinco sessões consecutivas de alta. As ações da mineradora acompanharam o declínio do preço do minério de ferro no mercado à vista na China, depois de a commodity atingir máxima de quase três meses na sessão anterior. O jornal The Globe Mail também informou que a Vale pode vender ativos de potássio em Saskatchewan, no Canadá.

=CSN despencou quase 7 por cento, contaminada pelo declínio do minério de ferro, uma vez que também produz a commodity. Na visão dos analistas do BTG Pactual, as condições de demanda do mercado siderúrgico têm piorado rapidamente e pressionado a perspectiva para os lucros, o que aparentemente ainda não foi precificado. No relatório, o BTG Pactual cortou a recomendação para CSN para "venda", enquanto manteve as recomendações de "compra" para GERDAU, que recuou 1,77 por cento, e "neutra" para USIMINAS, que caiu quase 5 por cento.

=ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO recuaram 1,18 e 0,62 por cento, respectivamente, com novos dados mostrando aumento da inadimplência entre as empresas e após o jornal O Estado de S.Paulo noticiar que a equipe econômica analisa a possibilidade de cobrar Imposto de Renda sobre o rendimento das Letras de Crédito Agrícola (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), reavivando especulação sobre tributação nessas aplicações. BANCO DO BRASIL caiu 2,26 por cento.

=PETROBRAS mostrou alguma volatilidade, firmando-se em alta à tarde, com as preferenciais fechando com acréscimo de quase 1 por cento, no segundo pregão seguido de alta. A Petrobras informou em carta aos distribuidores de gás natural que irá encerrar, até o fim deste ano, uma política de descontos vigente desde 2011. Além disso, reportagem do jornal Valor Econômico informou que a empresa pode fazer oferta pública da BR Distribuidora no segundo semestre.

Texto atualizado às 19h26
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