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Ibovespa fecha em leve queda à espera de desfecho no STF

No fechamento, o Ibovespa cedeu 0,31 por cento, a 84.359 pontos. Na mínima da sessão, caiu 2,12 por cento

Ibovespa: volume financeiro da sessão somou 8,987 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: volume financeiro da sessão somou 8,987 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 4 de abril de 2018 às 17h13.

Última atualização em 4 de abril de 2018 às 18h02.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em leve queda nesta quarta-feira, em meio à cautela dos investidores antes do desfecho do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF), com a melhora em Wall Street ajudando a amenizar as perdas vistas mais cedo.

No fechamento, o Ibovespa cedeu 0,31 por cento, a 84.359 pontos. Na mínima da sessão, caiu 2,12 por cento. O volume financeiro da sessão somou 8,987 bilhões de reais.

O plenário do STF começou a analisar nesta quarta-feira pedido de habeas corpus da defesa de Lula, que busca impedir que o ex-presidente seja preso antes de esgotados recursos em todas as instâncias do Judiciário contra a condenação a 12 anos e 1 mês de prisão imposta pelo TRF-4 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP).

Às 17h20, o placar estava 2 a 1 contra o habeas corpus.

"Eventual negativa do Supremo pode diminuir incertezas sobre o cenário eleitoral deste ano, mas a concessão do benefício pode aumentar a insegurança jurídica e estender o estresse com a possibilidade de disputa de um candidato que não dê continuidade à atual política econômica", disse a consultoria de investimentos Lopes Filho em nota a clientes mais cedo.

Na visão do gestor-chefe da Garín Investimentos, Ivan Kraiser, há apreensão com o que pode acontecer dependendo do resultado, principalmente o efeito nas eleições deste ano, mas também o risco de se criar um ambiente de impunidade. "Uma sensação de que tudo o que foi feito não serviu para nada."

No exterior, Wall Street reverteu as perdas da abertura e o S&P 500 fechou em alta de 1,15 por cento, com investidores mirando resultados corporativos e desviando o foco de notícias sobre o embate comercial entre EUA e China, que pressionaram os negócios no começo da sessão.

Destaque

- SUZANO ON subiu 4,33 por cento, em sessão positiva para o setor de papel e celulose na bolsa, com KLABIN UNIT avançando 2,88 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,65 por cento, revertendo perdas verificadas mais cedo e ajudando a reduzir a queda do Ibovespa, dada a relevante fatia que detém no índice.

- VALE ON cedeu 0,75 por cento, na esteira do recuo do minério de ferro na China com preocupações acerca de aumento de estoques e enfraquecimento da demanda.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuaram 1,59 e 0,35 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo o fraqueza dos preços do petróleo no exterior em boa parte da sessão.

- KROTON ON perdeu 3,1 por cento, tendo no pior momento tocado mínima intradia em cerca de um ano, enquanto sua rival Estácio ON subiu 1,21 por cento.

- IGUATEMI ON caiu 3,15 por cento, também entre as maiores quedas, na mínima desde dezembro do ano passado.

- EMBRAER recuou 1,5 por cento, em meio à indefinição das negociações da companhia para uma aliança com a norte-americana Boeing. Mais cedo, o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou que a empresa segue negociando com a Boeing para encontrar um modelo de parceria que possa ser aceito inclusive pelo governo brasileiro. Ele afirmou, porém, que uma parceria com a Boeing não é vital para o futuro da Embraer.

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