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Ibovespa fecha em alta e atinge maior nível desde novembro

O Ibovespa voltou a subir com força e atingiu o maior fechamento desde 28 de novembro, com índices de bancos e da Petrobras


	Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,69%, aos 53.207 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,69%, aos 53.207 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2015 às 18h09.

São Paulo - O Ibovespa voltou a subir com força nesta quinta-feira e atingiu o maior fechamento desde novembro, na esteira de Wall Street e do forte fluxo de compras de ações de bancos e da Petrobras.

Com alta de 1,53 por cento, o principal índice da bolsa paulista chegou aos 53.123 pontos, patamar que não atingia desde os 54.724 pontos de 28 de novembro. O giro financeiro da sessão somou 7,86 bilhões de reais.

Segundo profissionais do mercado, a entrada de recursos estrangeiros seguiu forte, com investidores se aproveitando a depreciação cambial recente, que deixou os ativos brasileiros mais atrativos em dólares.

A perspectiva de que a Petrobras divulgue ainda neste mês seu balanço auditado, com cálculo das perdas ligadas a sobrepreço de obras, mais uma vez tornou os papéis da estatal um dos mais valorizados da sessão, com alta de 5 por cento. No plano internacional, dados encorajadores do mercado de trabalho norte-americano aumentaram o ânimo dos investidores para o relatório sobre criação de vagas no país referentes a março, levando para cima os principais índices de Wall Street.

Foi a senha para a manutenção do fluxo comprador de ações na Bovespa, especialmente das de maior liquidez, como de bancos e da Petrobras.

Os bancos se livraram da cobrança de PIS/Cofins anunciada nesta quinta-feira sobre os ganhos financeiros de empresas de médio e grande portes. A alíquota é de 4,65 por cento.

Já a petroleira estatal viu sua ação preferencial subir 5 por cento, na esteira da expectativa de ela divulgue até o final do mês seu balanço auditado, incluindo o cálculo de perdas com sobrepreços em obras, assunto que tem provocado uma derrocada dos papéis nos últimos meses.

Individualmente, Braskem foi o grande destaque de alta do índice, disparando 6,9 por cento. A petroquímica informou na noite de quarta-feira que abriu investigação interna sobre acusações de supostos pagamentos indevidos para seu favorecimento em contratos com a Petrobras.

"Isso mostra proatividade da empresa e que por enquanto não há confirmação de que ela esteja envolvida (no escândalo de corrupção)", disse Freitas, da Concórdia.

Fora do Ibovespa, Rumo Logística deu um salto de 26,5 por cento, em seu segundo pregão na Bovespa após a união com a ALL. Esta informou na véspera que todos os seus credores, exceto o BNDES, aceitaram um nível de alavancagem de até 5,5 vezes, medido no resultado consolidado com a Rumo.

A quarta queda seguida do dólar frente ao real, dessa vez de 1,36 por cento, para 3,129 reais, pesou sobre as ações de exportadoras como a siderúrgica Gerdau e as fabricantes de celulose Fibria e Suzano.

Marcopolo perdeu 4 por cento, após o jornal Estado de S.Paulo publicar que a fabricante de carrocerias de ônibus é suspeita de pagar 1 milhão de reais de propina para ter julgado um processo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Procurada, a Marcopolo não comentou de imediato.

A Bovespa fecha na sexta-feira devido ao feriado da Sexta-feira Santa e volta a operar na segunda-feira.

*Atualizada às 18h09 do dia 02/04/2015

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