Ibovespa fecha em alta de 1,54% e encosta em 72 mil pontos
A bolsa reagiu a retomada da economia brasileira, que cresceu 0,2% no 2º trimestre sobre o período de janeiro a março
Reuters
Publicado em 1 de setembro de 2017 às 17h48.
Última atualização em 1 de setembro de 2017 às 17h52.
São Paulo - O principal índice da bolsa paulista iniciou o mês de setembro com alta, encostando nos 72 mil pontos, diante de um cenário externo mais favorável e números melhores que o esperado para a economia brasileira.
O Ibovespa fechou em alta de 1,54 por cento, a 71.923 pontos, perdendo os 72 mil pontos durante os ajustes. Na máxima do dia, o índice subiu 1,95 por cento, a 72.216 pontos, máxima intradia desde novembro de 2010. O índice marcou a sexta semana de ganhos, com alta acumulada de 1,2 por cento.
O giro financeiro somou 9,93 bilhões de reais, acima da média diária vista no mês passado, de 8,76 bilhões de reais.
As siderúrgicas lideraram a ponta positiva do índice neste pregão, com destaque para as ações da Usiminas, que subiu mais de 10 por cento.
A economia brasileira cresceu 0,2 por cento no segundo trimestre sobre o período de janeiro a março, com a recuperação do consumo das famílias. A expectativa de economistas em pesquisa Reuters era de expansão de 0,1 por cento.
Nos Estados Unidos, dados mostrando desaceleração mais forte que a esperada na criação de vagas corrobora a visão de que o banco central norte-americano manterá um ritmo gradual na elevação de juros. No mês passado, houve abertura de 156 mil postos de trabalho, ante a expectativa de economistas pela criação de 180 mil vagas em agosto.
O exterior também amparou o tom positivo da B3, após novos dados sobre atividade industrial na China mostrarem expansão no ritmo mais rápido em seis meses em agosto, o que ajudou a impulsionar os contratos futuros do minério de ferro e do aço no país asiático.
Destaques
- USIMINAS PNA ganhou 10,3 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, a 7,60 reais, no maior patamar de fechamento desde setembro de 2014. Os papéis reagiram ao bom desempenho dos contratos futuros do aço na China e perspectivas positivas para os preços da commodity. Também como pano de fundo estava a conclusão na véspera de renegociação de dívida com bancos e credores que dispensa a siderúrgica de fazer uma troca de bônus detidos por bancos japoneses e debenturistas, depois de receber permissão para isso de bancos brasileiros e do BNDES em junho.
- GERDAU PN avançou 6,24 por cento e CSN ON subiu 6,67 por cento, também na esteira do desempenho dos contratos futuros de minério de ferro e aço na China e na expectativa pelo desempenho da commodity.
- VALE ON teve alta de 1,68 por cento, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China, após indicadores mostrando forte expansão da atividade industrial chinesa.
- BRF ON subiu 2,56 por cento, após a companhia anunciar na véspera que o atual presidente-executivo, Pedro Faria, vai deixar a empresa e que o sucessor será escolhido fora da companhia. Segundo analistas do BTG Pactual, o anúncio não foi uma grande surpresa, mas indica o último capítulo "da saga" do processo de mudança da empresa, iniciado em 2013.
- JBS ON teve queda de 0,35 por cento, tendo uma sessão volátil diante da suspensão por 15 dias da assembleia de acionistas, prevista para esta sexta-feira, após decisão judicial sobre recurso apresentado pelos controladores. Na mínima do dia, os papéis caíram 1,38 por cento, enquanto subiram 1,5 por cento na máxima.
- PETROBRAS PN avançou 2,71 por cento e PETROBRAS ON ganhou 4,51 por cento, influenciada pelo cenário em geral positivo, apesar do movimento do petróleo no mercado internacional, que fechou com leves variações. - ITAÚ UNIBANCO PN avançou 2,11 por cento e BRADESCO PN ganhou 2,08 por cento, reforçando o viés altista do Ibovespa devido ao peso desses papéis em sua composição. A sessão foi positiva também para os demais bancos do índice, com SANTANDER UNIT em alta de 0,75 por cento e BANCO DO BRASIL ON subindo 3,88 por cento.