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Ibovespa fecha em alta de 0,35% após nova meta

Na noite passada, o governo anunciou que as metas de déficit primário para este ano e o próximo vão passar para 159 bilhões de reais

B3: também ajudou o tom positivo a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Arthur Nobre/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 18h23.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta quarta-feira, após a mudança da meta fiscal ficar dentro do esperado pelo mercado e diante de menor receio de um novo rebaixamento do rating do país.

O Ibovespa fechou em alta de 0,35 por cento, a 68.594 pontos. O volume financeiro somou 21,25 bilhões de reais, inflado pelo giro do exercício de opções sobre o Ibovespa e sobre o índice futuro.

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Na noite passada, o governo anunciou que as metas de déficit primário para este ano e o próximo vão passar para 159 bilhões de reais, ante os 139 bilhões em 2017 e 129 bilhões em 2018. Os novos valores ainda precisam ser aprovados pelo Congresso Nacional.

Os receios em relação à possibilidade de um rebaixamento no curto prazo do rating do país diminuíram após a agência de classificação de risco Standard & Poor's retirar a observação negativa sobre a nota do país e manter rating soberano brasileiro em BB.

O alívio foi corroborado nesta sessão, após a Moody's informar que a revisão da meta fiscal não deve trazer um impacto para a avaliação de rating do Brasil.

Também ajudou o tom positivo a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, que mostrou crescimento da preocupação dos membros do banco central dos Estados Unidos com a inflação baixa, indicando a manutenção de um ritmo gradual de alta nos juros.

Apesar do tom positivo, os atuais níveis da bolsa indicam cautela na opinião do economista da corretora Guide Investimentos Ignacio Crespo Rey.

"Teve um alívio... Mas estamos longe de um quadro realmente bom e nesse níveis, de 68 mil, 69 mil pontos, a gente tem mais riscos de queda", disse o economista.

Destaques

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA subiu 4,72 por cento e FIBRIA ON teve alta de 5,14 por cento, reagindo à possibilidade de eventual fusão entre as duas empresas. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, o presidente da Suzano, Walter Schalka, mostrou-se favorável à operação ao ser questionado sobre o assunto em evento realizado na véspera.

- BRASKEM PNA avançou 1,6 por cento, após reportar dados referentes ao segundo trimestre, com lucro líquido consolidado de 1,14 bilhão de reais, um salto de 316 por cento em relação a igual período do ano passado.

- VALE ON teve alta de 1,96 por cento, na contramão dos contratos futuros do minério de ferro na China, que recuaram 0,4 por cento nesta sessão.

- PETROBRAS PN recuou 0,15 por cento e PETROBRAS ON cedeu 0,29 por cento, revertendo os ganhos vistos mais cedo, acompanhando o movimento nos preços do petróleo no mercado internacional, que também fecharam em queda.

- MAGAZINE LUIZA ON, que não faz parte do Ibovespa, subiu 7,87 por cento. No radar estava a aprovação do conselho de administração do desdobramento da totalidade das ações ordinárias da companhia, na proporção de oito para uma, para aumentar a liquidez dos papéis e torná-los mais acessíveis aos investidores.

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