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Ibovespa fecha em alta com maior apetite a risco no exterior

Localmente, o adiamento da reforma da Previdência para o próximo ano abriu espaço para que o noticiário econômico volte a ter mais destaque

B3: o Ibovespa fechou em alta de 0,7% (Germano Lüders/Site Exame)

B3: o Ibovespa fechou em alta de 0,7% (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 19h06.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista subiu nesta segunda-feira, com respaldo do sentimento mais favorável a ativos de risco no exterior e tendo as ações da Vale entre os destaques de alta.

O Ibovespa fechou em alta de 0,7 por cento, a 73.115 pontos. O giro financeiro somou 14,2 bilhões de reais, incluindo o movimento do exercício de opções sobre ações, que movimentou 4,47 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, a expectativa é que a Câmara dos Deputados vote na terça-feira a versão final do plano de reforma tributária acertado pelos republicanos da Câmara e do Senado na semana passada. Espera-se ainda o Senado vote o projeto já na terça-feira e seja sancionado pelo presidente Donald Trump até o fim da semana.

Localmente, o adiamento da reforma da Previdência para o próximo ano abriu espaço para que o noticiário econômico volte a ter mais destaque entre os agentes de mercado.

Nesta manhã, o Banco Central divulgou que a atividade econômica brasileira iniciou o quarto trimestre com resultado muito melhor do que o esperado ao crescer pelo segundo mês seguido em outubro.

A alta do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) foi de 0,29 por cento em outubro na comparação com o mês anterior, superando a estimativa de economistas em pesquisa Reuters, de queda de 0,15 por cento.

No entanto, o risco de um novo rebaixamento na nota de risco do Brasil pelas agências de classificação de risco devido ao adiamento da reforma da Previdência ainda ronda os negócios. Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, conversará com representantes das principais agências de rating para falar sobre a reforma da Previdência e as perspectivas econômicas de 2018.

"O rebaixamento deve vir no primeiro trimestre do ano que vem e quanto mais longe do grau de investimento mais vai demorar para voltar e mais medo o investidor estrangeiro terá de voltar", disse o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

Destaques

- BK BRASIL, operadora da rede de fast food Burguer King no país, encerrou o primeiro dia de negócios na B3 a 17,65 reais, queda de 1,94 por cento em relação à precificação da oferta inicial de ações, de 18 reais. A BK e seus acionistas levantaram 2,2 bilhões de reais com a oferta inicial de ações (IPO). Os papéis não fazem parte do Ibovespa.

- VALE ON avançou 2,58 por cento, em sessão de fortes ganhos para os contratos futuros do minério de ferro na China, que subiram 7,1 por cento na bolsa de Dalian.

- PETROBRAS PN subiu 1,81 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 1,8 por cento, após a empresa assinar acordos com a Statoil, incluindo a venda de 25 por cento de sua participação no campo de Roncador. Segundo analistas da Guide Investimentos, as parcerias são positivas pois permitem mitigação de riscos, desoneração de investimentos futuros, e fortalecimento da governança. A sessão para os preços do petróleo no mercado internacional terminou sem viés único.

- RUMO ON avançou 6 por cento, liderando as altas do Ibovespa, após cair nos sete pregões anteriores, período em que acumulou queda de quase 12 por cento. Na visão de analistas do Credit Suisse, a reação do mercado frente ao noticiário sobre a renovação da Malha Paulista foi exagerado e a forte queda recente é vista como oportunidade de compra, especialmente para investidores de longo prazo, que podem lidar com volatilidade de curto prazo.

- ELETROBRAS ON ganhou 0,62 por cento e ELETROBRAS PNB teve alta de 0,64 por cento, tendo no radar o anúncio da empresa do plano de negócios de 2018 a 2022, que prevê a redução em 45 por cento do investimento ante o planejamento para 2017-2021.

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