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Ibovespa em mais um dia de cão cai 6%; nenhuma ação em alta

Investidores estão receosos com o ritmo de recuperação da economia global

Na mínima do dia, o índice chegou a cair 6,04%, para os 52.628 pontos (Germano Lüders/EXAME)

Na mínima do dia, o índice chegou a cair 6,04%, para os 52.628 pontos (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 13h54.

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São Paulo - O Ibovespa vive um dia de cão e lembra a fase mais aguda da crise financeira de 2008. O principal índice de ações da bolsa brasileira, na mínima do dia, chegou a cair 6,04%, para os 52.628 pontos. Confira na tabela abaixo o desempenho dos papéis às 13h20.

As bolsas americanas também estão em forte queda. O índice Dow Jones, o mais acompanhado de Wall Street, chegou a atingir a mínima de 11.527 pontos, a 3,2%. Nenhuma ação está em alta. Os índices Nasdaq e o S&P500 também tombam.

O ouro, considerado um ativo seguro em momentos de tensão, chegou ao recorde de 1.684 dólares a onça em NY. O contrato para setembro do barril de petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) recua 3,99%, a US$ 88,26 o barril. Mais cedo, o contrato atingiu US$ 87,93, o menor nível desde o final de fevereiro.

Na Europa, as principais bolsas da região também caem forte. O índice CAC 40, da bolsa de Paris, cai 3,9%. Na Alemanha, o DAX 30 recua 2,15%. Na Inglaterra, o FTSE100 despenca 3,43%. Na Espanha, a queda do IBEX35 chegou a 3,89%. Em Portugal, o PSI20 perdeu 3,26% e, na Itália, o MIB caiu 3,21%.

Após o medo sobre a possibilidade de um calote da dívida americana por conta de uma disputa política no Congresso, o mercado voltou o foco para o que perturba os economistas e os investidores desde 2008, que é o ritmo de recuperação da economia global.

Empresa Código Preço (R$) Var. (%) Empresa Código Preço (R$) Var. (%)
MMX MMXM3 6,29 -13,6 Petrobras PETR4 21,14 -5,16
LLX LLXL3 3,52 -12 Itaú ITUB4 27,55 -4,84
ALL ALLL3 9,38 -9,81 Bradesco BBDC4 26,98 -4,77
Duratex DTEX3 9,48 -9,71 Light LIGT3 25,72 -4,74
Marfrig MRFG3 13,69 -8,73 Lojas Americanas LAME4 12,96 -4,71
TAM TAMM4 26,84 -8,02 Cyrela CYRE3 13,78 -4,64
Fibria FIBR3 15,08 -7,82 Cesp CESP6 28,66 -4,47
Pão de Açúcar PCAR4 58,97 -7,43 Brasil Telecom BRTO4 11,57 -4,46
MRV MRVE3 9,93 -7,37 Gafisa GFSA3 6,77 -4,38
PDG PDGR3 7,16 -7,01 Petrobras PETR3 23,62 -4,37
Brookfield BISA3 6,15 -6,82 TIM TIMP3 8,66 -3,78
Bradespar BRAP4 34,85 -6,74 Natura NATU3 32,84 -3,7
Rossi RSID3 10,31 -6,7 Hypermarcas HYPE3 10,69 -3,69
BM&Fbovespa BVMF3 7,81 -6,69 Telemar TNLP4 20,32 -3,65
B2W BTOW3 13,42 -6,55 Usiminas USIM3 20,08 -3,51
Cosan CSAN3 20,92 -6,48 AES Eletropaulo ELPL4 34,2 -3,39
OGX Petróleo OGXP3 11,23 -6,42 Eletrobrás ELET3 17,32 -3,35
Gerdau GGBR4 12,35 -6,23 Cemig CMIG4 27,62 -3,33
Brasil Ecodiesel ECOD3 0,62 -6,06 JBS JBSS3 4,11 -2,84
Embraer EMBR3 10,24 -6,06 Klabin KLBN4 4,71 -2,69
CSN CSNA3 14,62 -6,04 Santander SANB11 13,86 -2,53
Lojas Renner LREN3 48,31 -6,01 Redecard RDCD3 25,69 -2,36
Usiminas USIM5 10,09 -5,88 Cielo CIEL3 42,79 -2,31
Telemar TMAR5 41,18 -5,87 Eletrobrás ELET6 22,03 -2,18
Banco do Brasil BBAS3 23,78 -5,82 Transmissão Paulista TRPL4 44,55 -2,09
Vale VALE3 45,2 -5,56 Brasil Foods BRFS3 28,22 -2,01
Gerdau Metalúrgica GOAU4 15,98 -5,5 Souza Cruz CRUZ3 17,47 -1,96
Gol GOLL4 10,25 -5,44 Telesp TLPP4 46,84 -1,78
Braskem BRKM5 15,28 -5,39 Sabesp SBSP3 43,56 -1,78
Vale VALE5 41,29 -5,32 Copel CPLE6 36,8 -1,6
Itaúsa ITSA4 9,11 -5,3 CCR CCRO3 44,44 -1,46
Ultrapar UGPA4 25,19 -5,3 Ambev AMBV4 46,01 -0,95
Telemar TNLP3 22,16 -5,26 CPFL Energia CPFE3 21,86 -0,91

Recuperação global

A maior crise financeira desde Grande Recessão levou alguns países europeus a gastar mais do que poderiam para conter as cicatrizes deixadas pelas economias enfraquecidas. Agora, chegou a hora de pagar a conta, e ela está mais alta porque o custo de novos financiamentos saltou.

O mercado especula que após a Grécia e a Irlanda, Itália e Portugal sejam os próximos dominós a cair na região da Zona do Euro, o que atrasaria ainda mais a recuperação do continente e, de quebra, de todo o mundo.

Novo estímulo?

Nos Estados Unidos a situação não é diferente. Após uma rodada de salvamento dos bancos e duas de afrouxamento monetário (chamadas de Quantitative Easing, nas versões 1 e 2), a expectativa agora é pela 3ª versão. O QE3 seria nada mais do religar as máquinas de imprimir dólares.

Foi essa esperança que fez as bolsas do país subirem na última hora do pregão ontem, enquanto o mundo todo estava em baixa. Mas a realidade bateu na porta mais uma vez. Nada foi anunciado pelo Banco Central americano (Federal Reserve) e nem pelo Tesouro do país.

Hoje o Departamento de Trabalho americano divulgou que o número de pedidos de auxílio-desemprego na última semana foi melhor do que as expectativas do mercado, mas ainda não suficientes para animar os investidores.

A grande espera é pelo Relatório de Emprego, que trará um panorama detalhado sobre o mercado de trabalho americano e que será publicado amanhã. A expectativa é de uma criação de 84 mil vagas no mês de julho. A taxa de desemprego está em 9,2%.

Na semana passada, a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no segundo trimestre decepcionou o mercado. O país cresceu 1,3% no período, abaixo do 1,8% esperado pelos economistas. O resultado do primeiro trimestre foi ainda revisado para baixo, de 1,9% para apenas 0,4%.

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