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Ibovespa sobe quase 3% com expectativa sobre cessão onerosa

Índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 2,74%, a 87.891,18 pontos

Ibovespa: ações da Petrobras avançaram fortemente após senadores aventarem a possibilidade de votar o projeto que trata da cessão onerosa ainda nesta semana (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: ações da Petrobras avançaram fortemente após senadores aventarem a possibilidade de votar o projeto que trata da cessão onerosa ainda nesta semana (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 18h13.

Última atualização em 27 de novembro de 2018 às 19h06.

São Paulo - A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em forte alta nesta terça-feira, favorecido principalmente pelo avanço das ações da Petrobras, com as preferenciais saltando mais de 5 por cento após senadores considerarem votar o projeto que trata da cessão onerosa ainda nesta semana.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,74 por cento, a 87.891,18 pontos. O giro financeiro da sessão somou 14,7 bilhões de reais, ficou acima da média do ano, de 12 bilhões de reais.

A alta nesta sessão colocou o Ibovespa novamente no azul no acumulado do mês, com variação positiva de 0,5 por cento. No ano, o ganho alcança 15 por cento.

Após recuar mais de 2 por cento nas duas sessões anteriores, o Ibovespa abriu com tom mais positivo, com agentes financeiros mais calmos diante da trégua do mercado de câmbio, com o Banco Central anunciando leilão de linha para dar liquidez, após o dólar ter fechado a 3,9175 reais na segunda-feira.

Nesta sessão, o dólar recuou 1,04 por cento, a 3,8767 reais na venda.

Preocupações com o embate comercial entre Estados Unidos e China não foram suficientes para minar a recuperação local, com operadores citando também compras de estrangeiros, que têm se mostrado mais defensivos em relação às ações brasileiras.

Dados da B3 mostram que o saldo de capital externo no segmento Bovespa está negativo em mais de 4 bilhões de reais em novembro até o dia 23, último dado disponível, com as saídas líquidas no ano somando quase 10 bilhões de reais.

Na véspera, estrangeiros reduziram a posição vendida em contratos futuros do Ibovespa (normal e mini) em 19.154 ativos, para 135.488 mil contratos.

O índice ganhou fôlego à tarde, em meio a notícias sobre avanços nas discussões para a votação do projeto de cessão onerosa, que pode viabilizar um leilão de áreas de petróleo no qual a União arrecadaria bilhões de reais, com chance de beneficiar também a Petrobras, a depender do desfecho da revisão do contrato de cessão onerosa da empresa com o governo.

Destaques

- PETROBRAS PN fechou em alta de 5,28 por cento, após declarações de parlamentares, incluindo do presidente do Senado, de que um acordo para votar o projeto que trata da cessão onerosa está muito próximo. PETROBRAS ON avançou 3,39 por cento, apesar da fraqueza do petróleo.

- BRADESCO PN subiu 4,09 por cento, para 37,67 reais, máxima histórica, e ITAÚ UNIBANCO PN avançou 3,38 por cento, com o setor financeiro em dia positivo. B3 teve acréscimo de 6,33 por cento, com dados operacionais de novembro do segmento Bovespa, mostrando volume diário acima da média no ano.

- COPEL PNB saltou 7,44 por cento, a 31,91 reais, maior cotação de fechamento em dois anos, um dia após evento da companhia paranaense de energia com analistas e investidores em Nova York, que contou com a presença do governador eleito do Paraná, Ratinho Junior. Na máxima, chegaram a 32,49 reais.

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB subiram 4,37 e 4,71 por cento, respectivamente, após decisão judicial favorável à venda de distribuidoras da elétrica estatal. Ainda no setor elétrico, ENGIE BRASIL subiu 4,69 por cento, a 43,55 reais, recorde de fechamento, favorecida por melhora na recomendação para 'overweight' pelo JPMorgan.

- SUZANO caiu 2,32 por cento, com a queda do dólar ditando realização de lucros nos papéis da fabricante de celulose.

- VALE recuou 0,4 por cento, acompanhando sessão negativa para mineradoras também na Europa.

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