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Ibovespa avança e quebra sequência de baixas

Principal índice da bolsa subiu 0,24 por cento, a 58.337 pontos, após acumular perda de 6 por cento em seis sessões


	Bovespa: volume do pregão somou 6,2 bilhões de reais, cerca de 30 por cento abaixo da média diária do mês
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: volume do pregão somou 6,2 bilhões de reais, cerca de 30 por cento abaixo da média diária do mês (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 18h11.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta quinta-feira, após seis quedas seguidas, amparada pela recuperação da Petrobras, mas longe das máximas do dia e com volume abaixo da média, por cautela com novos desdobramentos no panorama eleitoral e a cena externa.

O Ibovespa subiu 0,24 por cento, a 58.337 pontos, após acumular perda de 6 por cento em seis sessões. Na máxima nesta tarde, o índice chegou a 58.808 pontos.

O volume do pregão somou 6,2 bilhões de reais, cerca de 30 por cento abaixo da média diária do mês de 8,77 bilhões de reais, e da de 2014, de 6,73 bilhões de reais.

A pesquisa Datafolha divulgada quarta-feira à noite mostrou estabilidade no cenário eleitoral, com uma exceção: a simulação de segundo turno entre Marina Silva (PSB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) agora mostra empate técnico.

Na semana passada, indicava vitória da candidata da oposição.

Apesar da divulgação da pesquisa, havia apostas de que a candidata petista teria recuperação mais forte.

Nesse contexto, ações da Petrobras reagiram com alta após três pregões de queda, período em que a preferencial acumulou perda de 8,2 por cento, assim como Banco do Brasil, que havia caído nas últimas quatro sessões.

Agentes no mercado aguardam agora nova pesquisa CNI/Ibope na sexta-feira, assim como eventuais reportagens publicadas nas revistas semanais no fim de semana, particularmente em relação a denúncias sobre um suposto esquema de pagamento de propinas envolvendo a Petrobras.

Em nota a clientes, estrategistas do Bank of America Merrill Lynch disseram que investidores parecem estar precificando uma chance 50/50 de a oposição vencer.

"Nas próximas semanas, a volatilidade deve continuar elevada", escreveram Felipe Hirai e Ligia Araujo, afirmando que preferem papéis de exportadoras, que eles consideram 'imunes às eleições' e com baixa volatilidade em relação ao Ibovespa.

No exterior, o índice MSCI de referência para mercados emergentes experimentou mais uma sessão no vermelho, após o indicador ter renovado máximas em três anos na semana passada, em meio a uma reavaliação de posições em emergentes, diante de expectativas sobre o rumo dos juros norte-americanos.

Papel Por Papel

A valorização da JBS teve relevante influência positiva no Ibovespa, revezando a liderança nos ganhos do índice com Marfrig.

Papéis do setor imobiliário também avançaram, em sessão com queda nos juros futuros, após dados de varejo mais fracos e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária corroborarem apostas de manutenção da Selic.

O setor de telecomunicações permaneceu no radar, após a Oi informar na quarta-feira que não estava envolvida, até aquela data, em quaisquer negociações formais com terceiros para comprar a TIM Participações.

Kroton chegou a liderar as perdas no Ibovespa, mas terminou no azul. A empresa aprovou nesta quinta-feira o desdobramento da ações à razão de um para quatro.

Cemig teve o maior declínio do índice, sob efeito do adiamento da decisão sobre prorrogar concessão da usina Jaguara, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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