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Ibovespa aprofunda perdas com incertezas

Mercado mantinha rota negativa nesta quinta-feira com a indefinição sobre um eventual reajuste dos combustíveis pela Petrobras e sobre a futura equipe econômica


	Bovespa: às 11h27, o Ibovespa caía 2,14 por cento, a 52.551 pontos, depois de cair 1,26 por cento na quarta-feira
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: às 11h27, o Ibovespa caía 2,14 por cento, a 52.551 pontos, depois de cair 1,26 por cento na quarta-feira (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 10h50.

São Paulo - O mercado acionário brasileiro mantinha rota negativa nesta quinta-feira com a indefinição sobre um eventual reajuste dos preços dos combustíveis pela Petrobras e sobre a futura equipe econômica da presidente reeleita Dilma Rousseff.

Às 11h27, o Ibovespa caía 2,14 por cento, a 52.551 pontos, depois de cair 1,26 por cento na quarta-feira. O giro financeiro do pregão era de 1,3 bilhão de reais.

Somando-se às ações de bancos e da mineradora Vale , a Petrobras pressionava o mercado, com seus papéis preferenciais registrando o quarto pregão consecutivo de queda. Em comunicado ao mercado na noite de quarta-feira, a estatal disse que a orientação do seu Conselho de Administração tem sido pela manutenção dos níveis de preços da gasolina e do diesel e reiterou que até o momento não há data ou percentual definidos para reajuste no preço da gasolina e do diesel.

"Não dá para concluir se terá aumento de preços, pois vai haver uma nova reunião do Conselho para discutir o balanço da empresa (no dia 14). Mas o comunicado deu a entender que não vai ter", disse o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset. "O mercado agora está olhando o poder de manobra que a empresa tem pela frente", acrescentou. O mercado tinha forte expectativa de que um aumento de preços fosse anunciado para ajudar a estatal a fechar contas diante da defasagem dos preços internacionais e os praticados no mercado doméstico.

Participantes do mercado também comentavam que, passada a volatilidade com a eleição presidencial de outubro, o foco de investidores se voltava para a fraqueza dos dados econômicos.

Isso se somava à incerteza sobre a equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Da temporada de balanços, a empresa de infraestrutura e energia Cosan e a Ultrapar recuavam na esteira de seus números do terceiro trimestre. O lucro líquido da Cosan recuou 92,6 por cento na comparação anual, enquanto o da Ultrapar ficou estável. No sentido oposto, Braskem e Eletropaulo , que também divulgaram balanços, subiam.

As units do Santander Brasil ganhavam cerca de 4 por cento, ainda bastante voláteis após perderem liquidez com a oferta pública voluntária de permuta realizada pelo seu controlador, o espanhol Santander. A fabricante de aeronaves Embraer também avançava, devolvendo perdas registradas mais cedo, quando divulgou prejuízo líquido atribuído aos acionistas de 24,3 milhões de reais entre julho e setembro.

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