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Ibovespa abre em leve alta com cena política e balanços

Investidores acompanham também a última semana de divulgação de balanços de quarto trimestre de empresas brasileiras


	Bolsas de Valores: investidores acompanham também a última semana de divulgação de balanços de quarto trimestre de empresas brasileiras
 (Thinkstock)

Bolsas de Valores: investidores acompanham também a última semana de divulgação de balanços de quarto trimestre de empresas brasileiras (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2016 às 11h37.

São Paulo - A Bovespa iniciava a segunda-feira em alta, na véspera da reunião do PMDB em que o principal partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff poderá decidir pelo rompimento com o governo, o que aumentaria as chances de impeachment na visão do mercado.

Investidores acompanham também a última semana de divulgação de balanços de quarto trimestre de empresas brasileiras.

Às 11h04, o Ibovespa subia 1,3%, a 50.308 pontos. O índice quebrou na semana passada uma sequência de cinco semanas de ganhos.

O movimento desta segunda-feira ocorre após notícias de que o PMDB do Rio de Janeiro decidiu romper com o governo federal.

Na terça-feira, haverá reunião nacional do partido para tratar de seu futuro e as expectativas são de que o maior partido da base aliada decida deixar o governo.

"O mercado é a favor da troca do governo, e como aumentam as chances do impeachment, fica mais animado. Sobem mais ações de empresas mais líquidas, escolhidas pelos investidores que querem entrar rápido na bolsa", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.

As ações de estatais como, Banco do Brasil e Petrobras, eram destaque entre as altas, assim como papéis de bancos e de siderurgia.

No exterior, o mercado aguarda para terça-feira discursos da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, e de outras autoridades do banco central norte-americano, que devem manter a política monetária dos Estados Unidos sob os holofotes.

Destaques

Banco do Brasil aparecia entre as maiores valorizações do Ibovespa, com ganho de 5,2%, refletindo as expectativas do mercado para o cenário político. BB Seguridade subia 3,4%.

Petrobras avançava 2,8% na preferencial e 2,6% nas ordinárias A. Além do cenário político, o noticiário para a petrolífera incluía a convocação para 28 de abril de assembleias para aprovar proposta de reforma do estatuto social que traz novo modelo de governança, com redução do número de diretorias executivas, bem como para eleger membros do Conselho de Administração.

Sabesp avançava 2,7%, na esteira da divulgação de lucro de quarto trimestre quase 15 vezes superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.

A companhia também anunciou que pediu autorização para suspender a partir de maio o desconto nas tarifas de consumidores que reduziram consumo de água.

Analistas do Citi afirmaram que o Ebitda superou suas expectativas em 25%, puxado por reversão de provisões, custos mais baixos e receita levemente mais positiva.

Fibria estava entre as maiores baixas do Ibovespa, 2,2%, afetada pela queda do dólar, que desfavorece suas exportações de celulose. A rival Suzano perdia 0,3%.

BR Properties, que não está no Ibovespa, subia 2,5%, após a GP Investments publicar edital para a oferta pública de aquisição de ações (OPA) da empresa de imóveis comerciais, marcando o leilão da oferta para 11 de maio.

A operação pode movimentar até 1,72 billhão de reais, segundo o edital.

Gol, também fora do Ibovespa, subia 5,8%, após anunciar contratação da assessoria financeira da PJT Partners sobre medidas para fortalecimento da estrutura de capital, liquidez e perfil de endividamento.

Além disso, mais cedo, o JP Morgan elevou a recomendação sobre as ações da empresa de "underweight" para "neutro".

Matéria atualizada às 11h37

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