O Ibovespa encerrou em alta nesta segunda-feira 30, acompanhando os índices americanos, com os investidores à procura de ações consideradas baratas. Por aqui, o principal índice da bolsa brasileira subiu 1,65% e encerrou em 74.639,48 pontos.

Apesar do tom positivo, o mercado segue atento aos impactos do coronavírus na economia. No fim de semana, o presidente Donald Trump estendeu o período de quarentena nos EUA até o fim de abril. Anteriormente, Turmp dizia que a atividade econômica voltaria ao normal a partir da Páscoa.

“Dava a impressão de que o mercado reagiria mal. Mas foi o contrário”, disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. Segundo ele, a extensão da quarentena foi considerada mais positiva do que do que se imaginava.  Por lá, o S&P 500 subiu mais 3,35%.

“Em condições normais, a extensão da quarentena teria pressionado o mercado para baixo”, afirmou Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante Investimentos. Para ele, o movimento de alta está associado à correção das últimas perdas. “Estavam precificando uma recessão de guerra.” Na mínima, o Ibovespa chegou a registrar 45% de queda em relação à pontuação máxima deste ano. 

Segundo Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, a extensão de medidas para conter o avanço do coronavírus pode ter sido considerada mais positiva. “É um misto até chegar ao ponto de equilíbrio”, disse.

Embora as bolsas tenham esboçado alguma recuperação, Vieira ainda vê um cenário de muitas incertezas e alta volatilidade. “Quem quiser aproveitar essa onda tem de ficar muito atento. Tudo isso está permeado por um cenário de coronavírus e pode virar extremamente rápido”, afirmou. 

Na bolsa, as ações da Eletrobras subiram 10,58% e terminaram na liderança do Ibovespa, após a empresa ter registrado lucro líquido de 10,74 bilhões de reais.

As ações da Klabin também subiram forte depois de a empresa ter anunciado a compra de fábrica de embalagens da International Paper. Também beneficiada pela alta do dólar, a Klabin subiu 5% na bolsa; e a Suzano, 3,41%.