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Hypermarcas tem queda em papéis com receio sobre resultados

Títulos de 10 anos da empresa tiveram o pior desempenho desde que passaram a ser vendidos

Portfólio da Hypermarcas: ações da empresa chegaram a cair 1,1% nesta quarta-feira  (Pedro Rubens/EXAME)

Portfólio da Hypermarcas: ações da empresa chegaram a cair 1,1% nesta quarta-feira (Pedro Rubens/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 16h04.

São Paulo e Nova York - A Hypermarcas SA registrou a maior queda em seus títulos de 10 anos desde que os papéis foram vendidos, em abril. As ações da empresa também operavam em baixa diante das especulações que os resultados do setor de consumo ficarão abaixo das estimativas.

A taxa nos títulos em dólar para 2021 da Hypermarcas, quinta maior empresa de bens de consumo do Brasil, subia 43 pontos-base, ou 0,43 ponto percentual, para 6,90 por cento às 15:00. As ações caíam 1,1 por cento, para R$ 10,83, a terceira queda seguida, acumulando perda de 27 por cento em 30 dias. Esse é o terceiro pior desempenho entre os 67 papéis que compõem o índice Ibovespa, atrás apenas da Gol Linhas Aéreas Inteligentes SA e da Braskem SA.

A queda dos ativos ocorreu após a Natura Cosméticos SA, maior empresa de cosméticos da América Latina, divulgar resultado abaixo do esperado pelo mercado no segundo trimestre, por conta do crescimento menor nas vendas. O Bank of America Corp. reduziu hoje a projeção para a expansão econômica no Brasil de 4,1 por cento para 3,6 por cento neste ano, e de 4,6 por cento para 4,2 por cento em 2012.

A Hypermarcas deve apresentar seu balanço no dia 15 de agosto.

“Há preocupações quanto aos resultados”, disse Alfredo Viegas, diretor de estratégia da Knight Libertas, em Nova York.

Os títulos brasileiros com as menores notas de crédito tiveram queda hoje. As taxas dos papéis da OGX Petróleo & Gás Participações SA com vencimento em 2018 tiveram alta de 20 pontos-base, para 7,76 por cento. O rendimento da dívida do frigorífico Minerva SA, vencendo em 2017, também subiu 20 pontos-base e a do frigorífico JBS SA para 2014 teve alta de 15 pontos-base.

A Hypermarcas tem classificação “BB-” pela Standard & Poor’s, três níveis abaixo do grau de investimento, enquanto a OGX, controlada pelo bilionário Eike Batista, e a Minerva têm classificação “B”, cinco graus abaixo.

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