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HSBC indica 13 ações que podem ganhar com dólar a R$ 2,60

Como principais beneficiados da desvalorização aparecem companhias de papel e celulose, produtos industrializados e produtores de proteína animal


	Fazenda da Suzano: companhia pode ser uma das beneficiadas pela alta do dólar
 (Germano Lüders/EXAME)

Fazenda da Suzano: companhia pode ser uma das beneficiadas pela alta do dólar (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 16h24.

São Paulo - Devido à recente desvalorização apresentada pela moeda brasileira nas últimas semanas ante o dólar, o HSBC preparou um relatório que identifica os 13 papéis de empresas que mais ganhariam com uma alta de 10% da moeda americana.

A equipe de analistas fez um estudo para avaliar o impacto dos preços-alvos das ações diante das mudanças do dólar, que chegou nesta semana a R$ 2,50 e, nas estimativas do HSBC, poderá chegar a R$ 2,60 ainda este ano, dependendo do cenário eleitoral e se esse cenário não trouxer mudanças de política econômica.

O banco estima ainda que essa cotação também pode ser atingida até dezembro de 2015, ante um consenso do mercado de R$ 2,45, considerando fatores como a alta do dólar e dos juros americanos e o déficit nas contas externas brasileiras.

Para o HSBC, a desvalorização do real é um tema chave para o investimento em ações brasileiras.

Independentemente do resultado das eleições, o banco coloca o câmbio e outros três fatores como decisivos para o investidor: o ajuste na política econômica depois das eleições, recessão e revisões para baixo nas projeções de resultados das empresas.

Principais beneficiados

Como principais beneficiados da desvalorização aparecem companhias de papel e celulose, produtos industrializados, e produtores de proteína animal, como frigoríficos e criadores de gado.

No caso no setor de agronegócio, os ganhos não seriam plenos por conta das quedas nos preços das commodities, os custos em dólar e as posições de proteção (hedge) de curto prazo.

Na análise das fabricantes de itens básicos, o HSBC destacou como mais sensíveis às oscilações da moeda as produtoras de carne bovina Minerva e JBS.

Entre as companhias ‘marginalmente’ afetadas, o relatório aponta a fabricante de bebidas Ambev, sendo atingida de forma negativa, e o grupo do ramo alimentício e de proteína animal Brasil Foods, de modo positivo.

Petrobras

A Petrobras é vista como provável perdedora no cenário hipotético, lembra o banco, uma vez que ela importa combustíveis para vender no mercado local com preços tabelados.

O estudo, segundo o HSBC, não incluiu empresas de serviços públicos, saúde, telecomunicações, instituições financeiras e companhias de tecnologia da informação.

Assinam as estimativas os analistas de fundamentos do HSBC, Jonathan Brandt, Luiz Carvalho, Diego Maia, Alexandre Falcão, James Watson e Luiz Carvalho.

Confira o possível impacto de uma variação de 10% do real sobre os preços alvos de 13 ações:

Empresa Desvalorização de 10% Valorização de 10%
Suzano 24,0% -24,0%
Fibria 13,0% -13,0%
Brakem 12,0% -12,0%
Minerva 13,8% -13,8%
JBS 11,5% -11,5%
Brasil Foods 4,4% -4,4%
Cosan 2,3% -2,3%
Ambev -3,0% 3,0%
Petrobras -4,0% 4,0%
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