Mercados

Hora de ganhar com ações de shopping centers, diz analista

Um Investimentos acredita que a indústria de shoppings tem um forte potencial de crescimento


	A Aliansce detém 100% de participação no Boulevard Shopping Campos
 (Creative Commons/)

A Aliansce detém 100% de participação no Boulevard Shopping Campos (Creative Commons/)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2012 às 14h31.

São Paulo – A corretora Um Investimentos iniciou a cobertura das ações da Aliansce (ALSC3) e da Sonae Sierra (SSBR3), empresas do segmento de shopping centers, com recomendação classificada em compra. O preço-alvo às ações da Aliansce é de 28,50 reais, um potencial de valorização de 24%. Já a estimativa de preço para os papéis da Sonae foi cravada em 39 reais, valor que corresponde a um potencial de ganhos de 17%.

“Acreditamos que a indústria brasileira de shoppings tem um forte potencial de crescimento no longo prazo”, destaca o analista Ignacio Fravega.

Ele explica em seu relatório que os consumidores brasileiros valorizam a conveniência, atratividade e entretenimentos oferecidos pelos shopping centers, o que resultou em altos níveis de crescimento de vendas dos shopping centers quando comparados com a indústria do varejo em geral.

Aliansce

O relatório destaca que a Aliansce anunciou recentemente que está considerando uma emissão de ações de 500 milhões de reais, com finalidade de financiar potenciais aquisições e o desenvolvimento de novos shopping centers. A companhia divulgou recentemente que está analisando diversas oportunidades.

“Esperamos que a Aliansce continue usando a disciplina de preços na aquisição de concorrentes, portanto, esperamos que aquisições adicionais não causem diluição em termos do crescimento do fluxo de caixa operacional por ação”, diz Fravega.

O analista ressalta também que a empresa conta com uma grande exposição geográfica, não somente em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas também nas regiões Norte e Nordeste, que apresentam maiores taxas de crescimento econômico, onde a companhia possui 25% de sua área bruta locável própria, incluindo projetos em desenvolvimento.

“A Aliansce se beneficia da experiência de seus dois controladores principais: a GGP, um dos principais grupos na indústria de shopping centers dos EUA e do empresário Renato Rique, que possui 28 anos de experiência em desenvolvimento e gerenciamento de shopping centers”, completa Fravega.


Sonae Sierra

A análise da Um Investimentos enfatiza que o nível de penetração da indústria de shopping centers no Brasil ainda é muito baixo quando comparado com o México, por exemplo.

Atualmente, a expectativa é de que o ambiente macroeconômico estável, de baixa taxa de juros, baixo desemprego e maior renda disponível favoreçam uma expansão continua da indústria no Brasil.

“Dentro deste contexto, Sonae esta bem posicionada para continuar se expandindo. A companhia tem uma presença estabelecida em São Paulo, fortes balanços e uma estratégia de crescimento baseada em fornecimento de qualidade, projetos que serão dominantes no mercado em regiões não plenamente atendidas, focando principalmente em consumidores de classe média”, avalia o relatório.

Ignacio Fravega espera que Sonae encontre muitas oportunidades para desenvolver mais shopping centers nos próximos anos. Ele explica que o nível de penetração nas regiões secundárias é ainda inferior à média do país e no Brasil há 81 cidades com uma população superior a 300.000 habitantes.

“Estimamos um momento de fortes resultados da Sonae em 2013 e 2014 conduzidos por crescimento orgânico”, projeta o analista.

ALSC3 x SSBR3

As ações da Aliansce registram uma valorização de 61,5% no acumulado de 2012, enquanto os papéis da Sonae Sierra mostram ganhos de 39%.

No mesmo período, o Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, tem alta de apenas 2%. 

Acompanhe tudo sobre:AliansceAnálises fundamentalistasB3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas portuguesasMercado financeiroShopping centersSonae SierraUM Investimentos

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado