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Grécia registra grande demanda por títulos em 1º leilão em 3 anos

O leilão está fundamentalmente voltado a trocar os títulos emitidos em 2014 pelo então governo de Andonis Samaras, cujo rendimento é de 4,95%

Grécia: segundo a imprensa, o governo pretende colocar entre 3 e 4 bilhões em títulos nos mercados (Yiannis Kourtoglou/File Photo/Reuters)

Grécia: segundo a imprensa, o governo pretende colocar entre 3 e 4 bilhões em títulos nos mercados (Yiannis Kourtoglou/File Photo/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de julho de 2017 às 11h43.

Atenas - O primeiro leilão de títulos lançado pela Grécia em três anos está tendo boa aceitação nos mercados nesta terça-feira, com uma demanda que supera os 6 bilhões de euros, o que indica que as taxas de juros dos mesmos serão satisfatórias para o governo grego.

O leilão está fundamentalmente voltado a trocar os títulos emitidos em 2014 pelo então governo do conservador Andonis Samaras, cujo rendimento é de 4,95%.

O valor nominal dos bônus que vencem em 2019 é de 4,030 bilhões de euros, por isso a demanda supera amplamente este volume.

Segundo a análise feita por Konstantinos Bukas, da agência Beta Securities, ao site econômico "Capital.gr", a demanda elevada indica que as taxas de juros, que agora estão em torno de 4,75%, vão cair ainda mais.

O positivo, segundo Bukas, é a presença de investidores estrangeiros no leilão.

O governo de Alexis Tsipras tem como meta obter um rendimento que fique abaixo dos 4,95% do chamado bônus Samaras, e assim dar um primeiro passo para a emancipação da Grécia dos programas de assistência financeira.

O terceiro resgate ao país, cujo desembolso máximo será de 86 bilhões de euros, vence em agosto de 2018 e, a partir desta data, a Grécia deverá buscar seu financiamento exclusivamente nos mercados, ou solicitar uma nova ajuda se não consegui-lo.

Segundo a imprensa, o governo pretende colocar entre 3 e 4 bilhões em títulos nos mercados, não mais que isto, pois sua capacidade de ação foi limitada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que, para participar do resgate, impôs como condição a não elevação do volume da dívida da Grécia.

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