Gafisa sobe na Bolsa com possível chegada de Nelson Tanure
Segundo um reportagem do Valor Econômico, o empresário estaria negociando sua entrada na companhia
Karla Mamona
Publicado em 18 de março de 2019 às 11h22.
Última atualização em 18 de março de 2019 às 14h26.
São Paulo - As ações da Gafisa ampliaram os ganhos na tarde desta segunda-feira. Por volta das 14h30, os papéis subiam 7% e eram vendidos na casa dos R$ 9.
Uma reportagem publicada pelo Valor Econômico afirma que o empresário Nelson Tanure negocia a entrada no capital da companhia. Segundo a fonte ouvida pelo jornal, trata-se de investimento primário e não de compra de fatia de 18,55% detida em conjunto pelas principais acionistas da incorporadora - Planner Corretora de Valores e Planner Redwood Asset Management Administração de Recursos. Procurada pelo veículo, a Gafisa não comentou o assunto.
Na semana passada, a Gafisa divulgou, emassembleia geral extraordinária (AGE) marcada para 15 de abril, que irá eleger chapa para seu conselho de administração. Um dos nomes da chapa proposta pelas principais acionistas é o de Tanure. Os demais são Augusto Marques da Cruz Filho, Demian Fiocca, André de Almeida Rodrigues,Roberto Portella, Antonio Carlos Romanoski e Thomas Reichenheim.
Na pauta da AGE está a contratação de uma consultoria para desenhar um novo plano estratégico para a empresa, além do aumento do limite de capital da Gafisa em quase 49 milhões de ações e autorização para emissão de novas ações nesse novo limite de capital.
O acionista ainda mencionou que “mantém conversas, em caráter preliminar, com potenciais investidores interessados na capitalização da companhia”. Segundo a corretora Coinvalores, a capitalização seria positiva, apesar da possível diluição dos acionistas atuais, mas o nível de risco atrelado aos papéis da companhia segue elevado.
No ano, as ações da Gafisa acumulam queda de quase 44%. No mês passado, o controlador da empresa, Mu Hak You vendeu a sua participação e com isso o controle da construtora passou para um grupo de investidores financeiros locais.